Rio de Janeiro, 28 mai (RV) - Com a participação do Secretário-Geral da ONU,
Ban Ki-moon, começa hoje no Rio de Janeiro o Terceiro Fórum Mundial da Aliança de
Civilizações. O evento tem o tema 'Unindo as Culturas, Construindo a Paz' e será inaugurado
por Ban e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com outros líderes. O evento
reúne, até sábado, ativistas, jovens estudantes, especialistas em educação e autoridades
de diversos países.
A cultura como poderoso instrumento para a promoção da
paz no mundo. Esse é um dos principais assuntos discutidos no fórum. Para a Fundação
das Nações Unidas para a Educação e a Cultura, as diferenças entre os povos devem
ser amplamente conhecidas e principalmente, respeitadas. Em síntese, a diversidade
cultural deve ser usada como ponte para a aproximação dos países.
Ontem, a
a Diretora-geral da Fundação, Irina Bokova, apresentou o relatório “Investir na diversidade
cultural e no diálogo intercultural”. O documento alerta para uma nova forma de “analfabetismo”
entre as diferentes culturas do mundo, que impede o diálogo e o entendimento e causa
conflitos. Ao invés, a cultura é um instrumento poderoso para a promoção da paz no
mundo, e este deve ser um dos principais assuntos discutidos no fórum.
Em
seu primeiro dia no Ri, o Secretário-geral das Nações Unidas, visitou a favela Babilônia,
recentemente pacificada pela Polícia, onde assistiu a uma apresentação de crianças
que interpretaram uma canção de Roberto Carlos e depois dançaram ao ritmo de hip-hop.
O Secretário-Geral conversou em seguida com 12 adolescentes de comunidades cariocas
sobre a situação dos jovens e as perspectivas diante das Metas do Milênio.
Após
ouvir e anotar trechos dos relatos dos adolescentes, Ban se comprometeu a transmitir
as inquietações dos jovens ao presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, com
quem estará hoje na abertura do III Fórum da Aliança das Civilizações.
O Secretário
ONU encorajou os jovens a não esperarem com os braços cruzados e a fazerem-se ouvir
em suas famílias, escolas, em suas comunidades e até pelos políticos, aproveitando
“a voz poderosa” que possuem como uma grande ferramenta social.
Ban Ki-moon
também participou de uma homenagem aos militares brasileiros da Missão da ONU para
a Estabilização no Haiti, Minustah, que morreram no terremoto de janeiro no país caribenho.
Ele
passou em revista 62 capacetes azuis das Nações Unidas, veteranos e da ativa, e conversou
com familiares dos 20 brasileiros que perderam suas vidas: 18 militares, um policial
e o vice-chefe da Minustah, Luiz Carlos da Costa. (CM)