2010-05-26 19:48:23

ASSEMBLEIA PLENÁRIA ESTUDA, NO VATICANO, FENÔMENO DA MOBILIDADE HUMANA


Cidade do Vaticano, 26 mai (RV) - Foi aberta na manhã desta quarta-feira, no Vaticano, a XIX Assembleia plenária do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, dedicada a estudar o fenômeno da mobilidade humana – em transformação e em crescimento – para oferecer respostas, em primeiro lugar, à pessoa.

A Igreja faz uma análise do fenômeno e se interroga sobre a mobilidade humana, chama em causa a corresponsabilidade dos Estados e das organizações internacionais na administração dos fluxos migratórios e não só. Sobretudo, recomenda combater toda forma de discriminação e intolerância e que a dignidade humana seja garantida em todo tempo e lugar.

Os trabalhos foram abertos pelo presidente do dicastério vaticano, Dom Antonio Maria Vegliò. O Arcebispo ressaltou os princípios orientadores da solidariedade e subsidiariedade – que favorecem o autêntico desenvolvimento – fazendo votos de uma maior colaboração entre governos, organismos internacionais e comunidades eclesiais.

Em seguida, foi a vez do Secretário do organismo, Dom Agostino Marchetto, que pediu aos agentes pastorais que conservem uma comunhão universal, sem fronteiras geográficas, históricas e culturais.

Por sua vez, o Secretário-Geral da Comissão internacional católica para as migrações, Johan Ketelers, se deteve sobre as rápidas transformações em andamento nas sociedades atuais, que impõem correções de rota a todos os sujeitos, governos e não, envolvidos em projetos de corresponsabilidade, em contextos complexos e diferenciados.

Esta tarde, falou na plenária o Diretor do Serviço internacional dos Jesuítas para refugiados, Pe. Peter Balleis. O religioso ressaltou que o movimento forçado de pessoas é causado por conflitos, pobreza, desigualdade, injustiça e violações dos direitos humanos, mau governo, ou mesmo, por catástrofes, razão pela qual a gestão dos fluxos migratórios se revelou muitas vezes totalmente inadequada.

Ainda nos trabalhos desta tarde também se pronunciou o representante regional do Mediterrâneo da Organização internacional das migrações (Oim), Peter Shatzer, que abordou o delicado tema dos refugiados privados do direito de exílio, e o vergonhoso tema do tráfico de seres humanos.

Por fim, o Conselheiro da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o padre jesuíta Pierre Martinot-Lagarde, falou sobre a crise da indústria da aviação civil e as suas conseqüências sobre os passageiros e trabalhadores do setor. (RL)







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