2010-05-22 13:53:45

CUBA: CARDEAL FALA DE ENCONTRO COM CASTRO


Havana, 22 mai (RV) – O cardeal-arcebispo de Havana, Jaime Lucas Ortega y Alamino, deu uma entrevista coletiva, na última quinta-feira, após o encontro que o Episcopado manteve com o Presidente Raúl Castro, para falar sobre os presos políticos. O purpurado explicou que, no encontro, falou-se também sobre as Damas de Branco.

Acerca dos presos políticos – disse o cardeal – não podemos antecipar conclusões sobre datas ou ações concretas, mas podemos assegurar que "o tema está sendo tratado seriamente".

O Cardeal Ortega y Alamino referiu-se ao encontro realizado na quarta-feira, com Raúl Castro e Caridad Diego Bello, Chefe do Escritório de Assuntos Religiosos do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba, no qual esteve acompanhado pelo presidente da Conferência Episcopal de Cuba, Dom Dionisio García.

Na coletiva de imprensa – explica uma nota da Arquidiocese de Havana – o Cardeal Ortega precisou que esse encontro não pode ser visto a partir de uma perspectiva de compromissos, mas sim como colóquios "que tiveram um magnífico início e que devem continuar".

Sobre as Damas de Branco e os presos políticos, o purpurado afirmou que, os temas da conversação com o presidente não são "uma questão concluída" que possa ser anunciada. "Estamos discutindo sobre esses problemas" – sublinhou, antecipando que não se pode falar ainda em datas ou medidas concretas.

Os colóquios – acrescentou o Cardeal Ortega y Alamino – não podem ser enquadrados numa relação Igreja-Estado vista como "aliança estratégica", pois esta frase é de estilo militar ou político. A Igreja deve atuar na sociedade a partir da liberdade religiosa garantida pela Constituição vigente, e jamais sob qualquer tipo de aliança, daí a importância desse encontro que supera antigas concepções, para entrar no que é a natureza própria da Igreja e sua missão na sociedade.

O encontro com Raúl Castro – segundo o cardeal-arcebispo de Havana – abre um novo período, sobretudo se se leva em conta o fato que a reunião não foi para dialogar sobre problemas da Igreja, mas sim sobre questões relativas a Cuba, em sua atualidade e sobre o futuro do país. (SP)







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