2010-05-21 18:26:37

Os leigos, "testemunhas de Cristo na comunidade política": na plenária do Conselho Pontifício dos Leigos, Papa fala da necessidade de políticos autenticamente cristãos


“Testemunhas de Cristo na comunidade política” foi o tema da assembleia plenária anual do Conselho Pontifício para os Leigos. Recebendo nesta sexta-feira de manhã os participantes, liderados pelo cardeal Estanislau Rilko, presidente deste dicastério, Bento XVI lembrou que, embora a formação técnica dos políticos não faça parte da missão da Igreja, compete-lhe porém “dar um juízo moral mesmo sobre coisas que dizem respeito à ordem política, quando tal é exigido pelos direitos fundamentais da pessoa e pela salvação das almas, utilizando sempre e apenas os meios conformes ao Evangelho e ao bem de todos”. Em todo o caso, no campo político, é aos leigos que toca testemunhar a presença de Cristo:

“Toca aos fiéis leigos mostrar concretamente, na vida pessoal e familiar, na vida social, cultural e política, - que a fé permite ler de modo novo e profundo a realidade, transformando-a; - que a esperança cristã alarga o limitado horizonte do homem, projectando-o para a verdadeira estatura do seu ser, Deus; - que a caridade na verdade é a força mais eficaz capaz de transformar o mundo; - que o Evangelho é garantia de liberdade e mensagem de libertação; - que os princípios da Doutrina social da Igreja… são de grande actualidade e valor para a promoção de novas vias de desenvolvimento ao serviço de todo o homem e de todos os homens.” “A política é um âmbito muito importante do exercício da caridade” – sublinhou ainda Bento XVI. “Há necessidade de políticos autenticamente cristãos, mas antes ainda de leigos que sejam testemunhas de Cristo e do Evangelho na sociedade civil e política”.

Neste nosso tempo, existem problemas grandes e complexos, desafios ligados a um difuso relativismo cultural e a um individualismo utilitarista e hedonista, que enfraquece a democracia e favorece o domínio dos poderes fortes… Neste contexto, o Papa lembrou uma série de atitudes e acções que se impõem: recuperar uma autêntica sabedoria política; ser exigente no que diz respeito à própria competência; - servir-se criticamente das sondagens das ciências humanas; - enfrentar a realidade em todos os seus aspectos; - mostrar-se abertos a todo o autêntico diálogo e colaboração, tendo presente que a política é também uma complexa arte de equilíbrio entre ideais e interesses. “É necessária uma autêntica revolução do amor” – concluiu Bento XVI.








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