2010-05-20 18:23:30

PAQUISTÃO PROÍBE ACESSO AO SITE DO YOUTUBE


Islamabad, 20 mai (RV) - O Governo paquistanês proibiu, nesta quinta-feira, o acesso ao site do YouTube, segundo reportam vários meios de comunicação internacionais. A decisão vem a público depois da ordem de bloqueio temporário do site Facebook.



Na origem da decisão estão razões religiosas. De fato, as autoridades alegam que o YouTube aloja conteúdos classificados como "sacrílegos", por desrespeitarem a religião islâmica, majoritária no Paquistão.



A polêmica com o Facebook começou devido à criação de um grupo nesse social network, no qual os participantes eram incentivados a partilhar caricaturas do profeta Maomé. Os desenhos deveriam ser enviados até hoje, em sinal de protesto contra as ameaças que um grupo de radicais islâmicos dirigiu aos criadores do South Park, pelas imagens jocosas de Maomé apresentadas num episódio, no início deste ano.



Segundo a BBC, o acesso ao site foi temporariamente suspenso depois que um grupo de advogados paquistaneses entrou com uma petição, alegando que o conteúdo do grupo era blasfemo, uma vez que a religião proíbe imagens do profeta. O tribunal decretou a restrição do Facebook até 31 de maio.



Com relação ao YouTube, a autoridade responsável pelas questões relativas às telecomunicações no Paquistão, não especificou quais vídeos, em particular, teriam motivado a decisão de suspender o acesso ao site, limitando-se a dizer que este vinha apresentando um número "crescente de conteúdos considerados sacrílegos", segundo reporta a agência de notícias Associated Press. Não se sabe também quanto tempo durará a proibição de acessar o site.



A decisão de bloquear o acesso da população aos serviços foi tomada depois que as autoridades paquistanesas tentaram, sem sucesso, persuadir os sites a removerem o material considerado inapropriado.



Os responsáveis acrescentaram ainda que o Governo paquistanês está aberto a negociações com os representantes de ambos os serviços, caso estes estejam disponíveis a resolver a "questão" de uma forma que garanta a "harmonia e o respeito pela religião".



Para além desses sites, as autoridades informaram que bloquearam mais cerca de 450 endereços web com material considerado ofensivo, mas não se sabe ao certo quais sejam. Esta manhã, não era possível acessar os sites da Wikipedia e do Flickr, dos computadores paquistaneses. (AF)








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