2010-05-10 19:43:46

IGREJA SALVADORENHA CRITICA PROTOCOLO CONTRA DISCRIMINAÇÃO DAS MULHERES


San Salvador, 10 mai (RV) – Os bispos salvadorenhos pediram ao Governo que não ratifique o protocolo da Convenção para a eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher, assinalando que certas propostas da comissão que cuida de sua aplicação "subestimam princípios" que "são a base da família e da sociedade".

O arcebispo de San Salvador, Dom José Luis Escobar Alas, disse neste último domingo, numa entrevista coletiva, que no dia 6 do corrente foram enviadas cartas ao Presidente Maurício Funes e à sua esposa, Vanda Pignato, além de cada um dos 84 deputados da Assembleia Legislativa, sobre essa convenção da Onu.

"Certamente, estamos de acordo e interessados a que desapareça do mundo toda e qualquer forma de discriminação contra a mulher. Todavia – argumentou Dom Escobar Alas – a ratificação do protocolo poderia trazer como consequência gravíssima atentados contra a existência e dignidade da própria mulher."

Nas cartas enviadas – explicou o prelado – "novamente reiteramos nossa preocupação e nossa solicitação para que tal protocolo facultativo não seja ratificado pela Assembleia".

A Conferência Episcopal de El Salvador enviou cartas similares, em setembro de 2001 e julho de 2003. A Igreja salvadorenha afirma que ratificar o protocolo da Convenção para a eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher (CEDAW, em sua sigla em inglês), aprovado pela Assembleia Geral da Onu em 1999, "implica reconhecer competências a um organismo supranacional", referindo-se à comissão que verifica a aplicação dessa mesma convenção.

Dom Escobar Alas disse que essa comissão "interveio" em outras nações, com "com uma linha ideológico distorcida, e com propostas que desconsideram os princípios básicos que são o fundamento da família e da sociedade".

Ele explicou que a convenção "considera a maternidade como um estereótipo a ser erradicado, e recomenda que se deixe, portanto, de festejar o Dia das Mães".

Além disso, na questão relativa aos direitos reprodutivos, a convenção "apóia a legislação sobre o aborto e chama a atenção dos países que penalizam a interrupção da gestação, recomendando ainda a reavaliação do lesbianismo" – ilustra o arcebispo de San Salvador. (AF)







All the contents on this site are copyrighted ©.