IGREJA NA ARGENTINA: DESTERRAR ÓDIO E RANCOR

Buenos Aires, 10 mai (RV) – A Igreja Católica na Argentina deu início este final de semana às celebrações pelo bicentenário do país, com atos cívicos e religiosos, em que pediu que os pobres não sejam esquecidos.

O maior evento se realizou na Basílica de Luján, a 60 Km da capital do país, Buenos Aires, onde o Presidente do Episcopado, Cardeal Jorge Maria Bergoglio, voltou a criticar políticas sociais insuficientes que, advertiu, "não levam em consideração os mais pobres".

O Card. Bergoglio pediu a Nossa Senhora de Luján, padroeira da Argentina, que "cuide da Pátria, em especial daqueles que são mais esquecidos".

"Não temos direito de nos deixar vencer pela desesperança. É preciso recuperar a memória desta Pátria que tem mãe, recuperar a memória de nossa Mãe" – destacou durante a homilia.

O Primaz da Argentina convidou os católicos a pedirem à Virgem "a graça de saber trabalhar pela Pátria, e fazê-la crescer na paz e na concórdia, que dá o sentimento de sentir-se irmãos, desterrando todo ódio e rancor".

"Neste lugar tão santo, repleto de fé e de esperança, pedimos hoje à Mãe que cuide da nossa Pátria." Luján, acrescentou o Cardeal, é lugar de solidariedade e de fraternidade.

Antes da missa, concelebrada por cerca de 20 bispos, foi acesso um círio para "iluminar a Pátria" e por "uma nova luz de esperança na Argentina".

Outras cidades do país, como Corrientes, Santa Fé, Catamarca e Córdoba, também realizaram celebrações eucarísticas para comemorar o bicentenário de independência do país. (BF)