Nova Iorque, 08 mai (RV) - A Organização Internacional do Trabalho (OIT) advertiu
nesta sexta-feira que os esforços para eliminar as piores formas de trabalho infantil
estão perdendo a força.
No informe sobre trabalho infantil, publicado a cada
quatro anos, a OIT afirma que o número de crianças que trabalham no mundo diminuiu
de 222 milhões para 215 milhões entre 2004 e 2008, uma queda de 3%.
Todavia,
a agência manifesta preocupação de que a crise econômica pode frear os avanços para
eliminação do trabalho infantil até 2016.
O diretor geral da OIT, Juan Somavia,
afirmou que "o progresso foi desigual e são necessários novos esforços em maior escala".
Segundo ele, a desaceleração econômica não pode ser uma desculpa para reduzir essa
ambição.
Para Somavia, a crise oferece a oportunidade para implementar medidas
políticas necessárias ao desenvolvimento sustentável.
De acordo com o relatório
"Melhorar a Luta contra o Trabalho Infantil", o número de trabalhadores entre 5 a
14 anos de idade diminuiu 10%. Mas o número de adolescentes entre 15 a 17 anos que
trabalham aumentou 20%.
O informe da OIT mostra também que América Latina
e Caribe, Ásia e Pacífico continuam reduzindo o trabalho infantil, enquanto a África
Subsaariana continua sendo a região com a mais alta incidência: uma em cada quatro
crianças trabalha.
A divulgação do relatório foi feira às vésperas da Conferência
Mundial sobre Trabalho Infantil, que será realizada em Haia, na Holanda, na próxima
semana, com a participação de delegados de 80 países. (BF-Rádio ONU)