2010-05-07 19:50:14

REPRESENTANTE VATICANO PEDE MUNDO LIVRE DAS ARMAS NUCLEARES


Nova Iorque, 07 mai (RV) - É necessário trabalhar com urgência "por um mundo livre das armas nucleares" se se quiser "garantir a sobrevivência da humanidade". Foi o que disse, nesta quinta-feira, o Observador Permanente da Santa Sé na ONU, Dom Celestino Miglire, em seu pronunciamento na Conferência do organismo internacional sobre a revisão do Tratado de não-proliferação das armas nucleares (Tnp), em andamento na sede da ONU, em Nova Iorque.

O fato que existam tais artefatos – disse o Arcebispo – encoraja a sua proliferação criando "o risco permanente de que o material nuclear produzido para uso pacífico da energia seja transformado em armamentos".

"Essas armas – acrescentou – continuam existindo em enormes quantidades", algumas delas prontas para serem usadas; a sua finalidade não é "somente a dissuasão", de fato, encontram-se "radicadas nas doutrinas militares das grandes potências" com a conseqüência que "o perigo da proliferação aumentou", ao tempo em que "a ameaça do terrorismo nuclear tornou-se real".

Dom Migliore pediu às potências nucleares o respeito pelos vários Tratados sobre a questão: é necessário manter as promessas, e logo.

O representante vaticano pediu ainda que não se confie em tais artefatos "como meio de segurança e de defesa ou como indicação de potência". O prelado acrescentou ser um dado o fato que nenhuma força no mundo será capaz de proteger as populações civis da explosão de bombas nucleares, que poderiam causar milhões de mortes imediatas.

"A Santa Sé – prosseguiu – defende com veemência um desarmamento nuclear transparente, verificável, global e irreversível", pede a entrada em vigor do Tratado de proibição total dos testes nucleares, e a elaboração imediata de um Tratado de eliminação da produção do material físsil, "questão de responsabilidade" que "não deve ser ulteriormente protelada".

Em seguida, Dom Migliore recordou o apelo lançado pelo Papa na audiência geral desta quarta-feira:

"A paz – afirmou Bento XVI – repousa na confiança e no respeito pelas obrigações assumidas, e não somente no equilíbrio das forças. Com esse espírito, encorajo as iniciativas que perseguem um progressivo desarmamento e a criação de zonas livres das armas nucleares, na perspectiva de sua completa eliminação do Planeta."

O Papa concluiu o seu apelo exortando "todos os participantes da reunião de Nova Iorque a superarem os condicionamentos da história e a tecerem pacientemente a trama política e econômica da paz, para ajudar o desenvolvimento humano integral e as autênticas aspirações dos Povos". (RL)







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