Descobrir no rosto de cada homem e de cada mulher um peregrino que, no seu caminho,
espera encontrar um outro rosto através do qual lhe seja dado um sinal vivo do Senhor,
Mestre de toda a vida e de toda a graça”.
(7/5/2010) Teve lugar hoje o juramento de bandeira dos novos recrutas da Guarda Suíça,
a milícia de defesa que desde há séculos assegura a protecção do Papa em todas as
actividades e celebrações que têm lugar no Vaticano. Dirigindo-lhes a palavra, e aos
respectivos familiares presentes, em três línguas da Confederação Helvética, Bento
XVI começou por sublinhar a “longa história” em que se enquadra o respeitado serviço
prestado pelos Guardas Suíços.
“O Sucessor de Pedro reconhece em vós um apoio
real e confia-se à vossa vigilância”.
“Entrando na Guarda Suíça, ficais associados,
de maneira indirecta mas real, ao serviço de Pedro na Igreja” observou o Pontífice,
convidando os recrutas a ter presente “a solicitude” que o primeiro dos Apóstolos
revela concretamente em relação a todos e a cada um.
“O Papa quer dedicar
a mesma atenção a todas as Igrejas e a cada um dos fiéis, assim como a todos os que
aguardam algo da Igreja. Junto do Sucessor de Pedro, a caridade que anima a vossa
alma é levada a tornar-se universal. As dimensões do vosso coração são chamadas a
dilatar-se. O vosso serviço levar-vos-á a descobrir no rosto de cada homem e de cada
mulher um peregrino que, no seu caminho, espera encontrar um outro rosto através do
qual lhe seja dado um sinal vivo do Senhor, Mestre de toda a vida e de toda a graça”.
A concluir a sua alocução aos novos Guardas Suíços, Bento XVI recordou que
“tudo o que fizermos pelo Nome de Jesus, por muito humilde que seja, nos transforma
e nos configura pouco a pouco com o homem novo regenerado por Cristo”.
“O
vosso serviço a favor do ministério petrino vos dará um sentido mais vivo da catolicidade,
juntamente com uma percepção mais profunda da dignidade do homem que passa ao vosso
lado e que procura no íntimo de si mesmo a vida eterna”.