Papa em Portugal: Organização satisfeita com o andamento dos preparativos.D.
Carlos Azevedo diz que viagem já deu frutos, dentro e fora da Igreja
(4/5/2010) A uma semana da chegada do Papa a Portugal, o Coordenador-geral da Visita,
D. Carlos Azevedo, mostra-se satisfeito com o andamento dos preparativos, afirmando
que já se notam alguns frutos, dentro e fora da Igreja. Em entrevista ao site oficial
da viagem (www.bentoxviportugal.pt), o prelado sublinha que, para quem trabalhou
durante meses na preparação deste acontecimento, estes últimos dias vão proporcionar
“o gozo de ver aparecer aquilo que se sonhou”. O verdadeiro balanço da preparação
só poderá ser feito depois de Bento XVI partir, referiu o Bispo Auxiliar de Lisboa,
admitindo que com a experiência adquirida nestes meses mudaria algumas coisas, se
fosse possível voltar atrás. Mas sobretudo, acentua, nota-se uma “onda de dinamismo
crescente e isso é gratificante”. “As pessoas telefonam a dizer que querem estar,
querem ajudar, querem participar”, disse, referindo que embora as suas propostas agora
já não possam ser aceites o que importa é o entusiasmo que se está a gerar. D.
Carlos Azevedo sentiu as “dores da organização” mas não está preocupado com as “dores
da mobilização”, até porque elas estão distribuídas por Lisboa, Fátima e Porto. Este
responsável afirma ao site oficial da visita papal que a mobilização tem vindo num
crescendo, com o despertar do interesse nas paróquias e nas pessoas em participarem
“neste momento espiritual único”. “Há alguma coisa que salta dentro das pessoas
quando vêem alguém que é diferente, porque não tem só um peso de governo mas tem atrás
de si um peso de quem representa. E isso é alguma coisa que se sente e as pessoas
vibram, nem se sabe explicar como, correm atrás, explodem de alegria e vibram e pode
isso refazê-las”, disse. Dos frutos que a preparação já deu sublinhou o trabalho
que tem sido feito a nível da mobilização pelo Grupo de Comunicação Social da Comissão
Organizadora, considerando mesmo que se trata de um marco na história da Igreja Católica
em Portugal. “Acho que será muito interessante analisar o impacto que isto terá
em muitas pessoas que trabalham na Comunicação Social e que poderão ver que há um
salto qualitativo de organização da própria Igreja e também de formação de pessoas
que agora vão estar mais atentas e de modo novo àquilo que acontece por parte da Igreja”,
afirmou. Outro fruto importante destes meses de preparação é o melhor conhecimento
que as pessoas em geral, e o povo cristão em particular, começaram a ter da figura
do Papa Bento XVI. Recordando que não é por acaso que as livrarias têm actualmente
cerca de 50 livros sobre Bento XVI, traduzidos para português, o Coordenador-geral
da visita considera que foi ganha a luta para conseguir dar a conhecer o pensamento
do Papa. Uma luta que foi tanto mais difícil pelo facto de o Cardeal Joseph Ratzinger
ser “um Papa que, fundamentalmente, é pelas ideias que é estimado. Não tanto pela
imagem, não tanto pela simpatia, mais popular”. “A preparação já deu para muitas
paróquias e muitos cristãos darem conta do Papa que tinham e não daquele que a Comunicação
Social muitas vezes reduzia a uma dimensão mais imediata, não à pujança intelectual,
ao vigor do pensamento que este Papa tem”, indica. Bento XVI visita Portugal de
11 a 14 de Maio, com passagens por Lisboa, Fátima e Porto. ( Em Ecclesia)