Roma, 04 mai (RV) - A Caritas Internacional pediu ao Governo colombiano que
garanta a segurança das pessoas que prestam ajuda humanitária, depois de ameaças a
algumas organizações que trabalham no país.
O grupo armado "Rastrojos" declarou
como objetivos militares permanentes pessoas que trabalham para organizações humanitárias
e que defendem os Direitos Humanos na Colômbia meridional.
Segundo o Diretor
da Caritas Colômbia, Hector Fabio Henao, não obstante a situação tenha melhorado na
Colômbia, ultimamente há sinais preocupantes pelo rearmamento dos grupos paramilitares.
"Este fato, junto à reativação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia
(FARC) nos últimos meses e as execuções extrajudiciais são causa de grande preocupação
para nós" – declarou Henao.
Na região de Tumaco, a Caritas foi ameaçada concretamente
pelo grupo. A responsável pela Caritas local, Ir. Yolanda Cerón, foi assassinada em
2001 depois de condenar a ação de grupos paramilitares. Dois anos atrás, outro agente
dedicado da Caritas foi morto na mesma região. E ultimamente, um missionário foi executado
no povoado setentrional de Tierralta. A Caritas pede ao Governo que ofereça proteção
aos agentes humanitários que ajudam as comunidades pobres e, aos grupos armados, que
os deixem trabalhar tranqüilos. Além disso, a organização faz votos de que as autoridades
colombianas apresentem os resultados das investigações sobre as ameaças anteriores
contra organizações humanitárias. (BF)