2010-05-03 18:11:17

LIBERDADE RELIGIOSA: A LISTA NEGRA DOS EUA


Washington, 03 mai (RV) – A Arábia Saudita e a China estão entre os 13 países que uma Comissão governamental dos EUA indicou como responsáveis por graves violações da liberdade religiosa no mundo. O relatório critica também a atual administração de Washington assim como as precedentes, acusando-as de fazerem muito pouco para estabelecer bases universais concretas para o direito à liberdade religiosa. O estabelecimento de tais bases é – de fato – o objetivo da Comissão, instituída pelo Congresso norte-americano, em 1998.

A Comissão investiga sobre as condições da prática religiosa nos países onde a ela está em perigo. Sua tarefa é recomendar políticas ao Governo de Washington, a fim de melhorar tais condições. Trata-se de "um pequeno mas extremamente importante ponto de intersecção da política exterior, da segurança nacional e da garantia do standard internacional da liberdade religiosa" – diz o relatório.

"Infelizmente, este pequeno ponto parece reduzir-se a cada ano que passa, para a Casa Branca e para o Departamento de Estado" – criticam o relatores.

A lista deste ano indica 13 países que "provocam preocupações"; dentre eles, oito que já constavam no relatório do ano passado: Myanmar (ex-Birmânia), China, Eritreia, Irã, Coreia do Norte, Arábia Saudita, Sudão e Uzbequistão, além de Iraque, Nigéria, Paquistão, Turcomenistão e Vietnã.

As ações dos Estados Unidos – atualmente em vigor – contra os oito países indicados no ano passado incluem embargos, frequentemente acumulados com sanções já existentes, e a recusa de ajudas financeiras ou militares. Em relação à Arábia Saudita, as sanções foram suspensas por tempo indeterminado; e para o Uzbequistão, decidiu-se por um adiamento de 180 dias na aplicação das sanções em vigor.

O relatório classifica as violações da liberdade religiosa na Arábia Saudita como "sistemáticas, notáveis e recorrentes", apesar das reformas adotadas pelo Rei Abdullah.

"Na China, o Governo de Pequim continua a perpetrar notáveis e sistemáticas violações da liberdade religiosa e da liberdade de pensamento" – diz o relatório.

A administração do Presidente Barack Obama oficialmente não aceitou as conclusões do relatório apresentado em 2009. O mesmo fez a administração de George w. Bush, entre novembro de 2006 e janeiro de 2009.

O relatório deste ano indica uma grave deterioração da liberdade religiosa, em relação ao ano passado, sobretudo, nas áreas muçulmanas, budista-tibetanas e uigures. "O Governo dos Estados Unidos deve fazer mais" para evitar que continue sendo negada a liberdade religiosa no mundo" – pediu o presidente da Comissão. (AF)







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