2010-05-03 14:10:33

LEGIONÁRIOS DE CRISTO ACATAM ORIENTAÇÕES DE BENTO XVI


Cidade do Vaticano, 03 mai (RV) - Após oito meses sob investigação de uma comissão de cinco bispos da Igreja, a Congregação dos Legionários de Cristo anunciou ontem que “acata com fé e obediência” a decisão do Papa Bento XVI de nomear um delegado encarregado de comandar e reformar a Congregação.

Os Legionários de Cristo estão presentes em 22 países, com 800 sacerdotes, 2.500 seminaristas e 70 mil membros leigos. A Congregação também administra 12 universidades. Foi fundada em 1941, pelo padre mexicano Marcial Maciel Degollado, envolvido em denúncias de abusos sexuais e falecido em 2008.

Criticando o “comportamento objetivamente imoral” do fundador da Congregação, a Santa Sé publicou no último sábado uma nota em que anuncia as medidas para colocar os Legionários de Cristo no caminho da purificação.

“Testemunhas incontestáveis confirmaram fatos muitas vezes criminosos que demonstram uma vida sem escrúpulos e sem um autêntico sentimento religioso” de Pe. Maciel - afirma a nota, anunciando que Bento XVI decidiu nomear um delegado e uma comissão para o estudo das constituições da congregação religiosa.

“Após ouvir os cinco Bispos responsáveis pela visitação apostólica que ele próprio ordenou, o Papa quis assegurar aos membros da Congregação e do movimento leigo “Regnum Christi” que a Igreja tem a firme vontade de acompanhá-los e ajudá-los no caminho de purificação que os espera”.

Os bispos responsáveis pela inspeção falaram com mais de mil legionários e coletaram centenas de testemunhos escritos. Os inspetores declararam ter encontrado “um grande número de religiosos exemplares, honestos, talentosos, muitos dos quais jovens que buscam Cristo com zelo autêntico, oferecendo suas vidas para a difusão do Reino de Deus”.

Em suas conclusões, revelam que a maior parte dos Legionários de Cristo ignorava a vida do seu fundador, “que habilmente soube criar álibis, obter confiança e silêncio”.

Hoje, Bento XVI considera necessário o “diálogo sincero com os que, dentro e fora da Congregação, foram vítimas de abusos sexuais e do sistema de poder concebido pelo fundador”.

O comunicado também foi publicado no site da Congregação.
(CM)







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