PAPA EM TURIM: CRISTO ENFRENTOU A CRUZ PARA COLOCAR UM LIMITE AO MAL
Turim, 02 mai (RV) - Bento XVI realizou, neste domingo, sua visita pastoral
à cidade de Turim, norte da Itália, para venerar o Santo Sudário.
O pontífice
partiu esta manhã às 8h15 do aeroporto romano de Ciampino e chegou às 9h15 locais
ao aeroporto de Turim, onde foi acolhido pelo Cardeal Severino Poletto, Arcebispo
de Turim, e outras autoridades eclesiais, além de representantes do governo e pelo
prefeito dessa cidade.
A seguir, o Papa se dirigiu para a Praça São Carlos
onde foi acolhido por mais de 50 mil fiéis. Bento XVI agradeceu a população de Turim
pelo caloroso acolhimento e iniciou a celebração da Eucaristia.
Em sua homilia,
Bento XVI ressaltou que no passado a Igreja em Turim "conheceu uma rica tradição de
santidade e generoso serviço aos irmãos graças à obra de zelosos sacerdotes, religiosos,
religiosas de vida ativa e contemplativa e de fiéis leigos".
Sendo assim,
as palavras de Jesus no Evangelho de hoje, 'Como eu vos amei, amai-vos também uns
aos outros', "adquirem uma ressonância particular para esta Igreja, uma Igreja generosa
e ativa, a começar por seus padres" – frisou o papa.
O Santo Padre sublinhou
que "amar os outros como Jesus nos amou é possível somente com aquela força que nos
é comunicada na relação com Ele, especialmente na Eucaristia, em que o seu Sacrifício
de amor que gera amor se torna presente de modo real".
O Papa disse aos sacerdotes,
diáconos, religiosos e religiosas de Turim, para que "centralizem sua existência no
essencial do Evangelho; cultivem uma real dimensão de comunhão e fraternidade dentro
do presbitério, de suas comunidades, nas relações com o Povo de Deus; testemunhem
no ministério o poder do amor que vem do Alto".
O Pontífice sublinhou que
"a vida cristã, caros irmãos e irmãs, não é fácil; sei que também em Turim não faltam
dificuldades, problemas, preocupações: penso, em particular, naqueles que vivem concretamente
a sua existência em condições de precariedade, por causa da falta de trabalho, da
incerteza pelo futuro, pelo sofrimento físico e moral; penso nas famílias, nos jovens,
nas pessoas idosas que muitas vezes vivem a solidão, nos marginalizados, nos imigrantes".
Bento
XVI exortou as famílias "a viverem a dimensão cristã do amor nas simples ações cotidianas,
nas relações familiares superando divisões e incompreensões, ao cultivar a fé que
torna a comunhão ainda mais sólida".
"Aquele que foi crucificado, que partilhou
o nosso sofrimento, como nos recorda também, de modo eloqüente, o Santo Sudário, é
aquele que ressuscitou e nos quer reunir todos em seu amor. Cristo enfrentou a cruz
para colocar um limite ao mal" – disse ainda o Pontífice.
O Papa exortou a
Igreja em Turim a permanecer firme naquela fé que dá sentido à vida e que jamais perca
a luz da esperança no Cristo Ressuscitado, "que é capaz de transformar a realidade
e tornar novas todas as coisas" – concluiu o Santo Padre. (MJ)