Roma, 27 abr (RV) - Os departamentos de comunicação social da Igreja estão
“no mesmo barco dos meios de comunicação em geral”, e se desejam “melhorar a qualidade
do discurso público”, devem adotar uma verdadeira e própria “estratégia” comunicativa.
Foi o que disse José Maria La Porte, da Pontifícia Universidade da Santa Cruz, durante
o encontro internacional de Responsáveis por setores de comunicação eclesial e profissionais
de todo o mundo que estão reunidos em Roma, até amanhã, dia 28 de abril, para discutir
a relação entre identidade e diálogo nas estratégias de comunicação da Igreja. La
Porte na sua conferência evidenciou uma espécie de “decálogo” para quem faz comunicação
eclesial.
Os departamentos de comunicação social da Igreja, em primeiro lugar,
segundo o conferencista, devem “se tornar um verdadeiro interlocutor” do debate público,
“sem ter medo de tratar também de temas quentes e incômodos”. Daqui, a necessidade
da formação, de partir do “conhecimento da própria mensagem” e de alimentá-la com
uma “atualização periódica”. Aos participantes do encontro, La Porte aconselhou “enfrentar
cada debate público com um documento que sintetiza a própria posição”, para depois
“oferecer conteúdos e propor uma documentação precisa e profissional para quem deseja
fazer ‘slow food’ informativo”, a partir das redes das paróquias.
Também o
“contraste” é uma “oportunidade para comunicar”, porque “gera interesse e dá modo
para reafirmar a própria identidade”. Para os departamentos de comunicação social
da Igreja, além do mais, pode ser útil “desenhar outro mapa com os valores compartilhados,
uma proposta para contrapor outros tipos de proposta”. (SP)