REFLEXÃO SOBRE A LITURGIA DESTE IV DOMINGO DO TEMPO PASCAL
Cidade do Vaticano, 25 abr (RV) - Celebramos hoje, como em todo IV Domingo
Pascal, o Dia do Bom Pastor! A dimensão dada ao título “pastor” neste domingo,
não é a de um homem manso e carinhoso em relação a cada uma das ovelhas de seu rebanho,
mas a de um enérgico pastor que toma conta e luta pelo rebanho. A salvação das
ovelhas está assegurada pela determinação do pastor que diz “ninguém vai arrancá-las
de minha mão.” Nada que fizermos conseguirá nos separar de Deus! Essa é uma incomensurável
boa nova! E o Senhor acrescenta: “ninguém pode arrebatá-las da mão do Pai.” Somos
de Deus e pronto! Cristo é o Pastor que deu vida pelo rebanho, formado por pessoas
que praticam o bem, que dão a vida pelos irmãos, como Jesus. Só pode dar a vida quem
crê na ressurreição, quem já vive como ressuscitado. Seu dom supera a morte! Aí
está o sinal da vocação, viver neste mundo sem deixar-se apegar ao mal, ouvindo o
chamado para fazer o bem! “As minhas ovelhas escutam a minha voz”, a voz do bem, do
ressuscitado, do livre! Somo chamados ao rebanho de Cristo se nossa vida é fazer
o bem! Jesus e o Pai constituem uma unidade: “Eu e o Pai somos um”. Criticar e
rejeitar Jesus, é criticar e rejeitar o Pai. É necessário que nos tornemos um com
Cristo. Nossos valores, nossos projetos, nossos desejos deverão ser os de Cristo.
Recordemos nossas renúncias e nossa profissão de fé realizadas no batismo. Foi nossa
rejeição ao pecado, à morte, e nosso sim a Deus, à Vida. A força de Jesus é transmitida
aos que recebem sua vida, o sopro de seu Espírito. Por isso o mundo não pode arrebatar
aqueles que são de Jesus, que são do Pai. Peçamos ao Pai do Senhor Jesus, o Bom
Pastor, que nos fortifique, que nos solidifique na vocação à vida e na resposta dada
através de nosso batismo. Digamos a oração da missa de hoje: “Deus eterno e todo-poderoso,
conduzi-nos à comunhão das alegrias celestes, para que o rebanho possa atingir, apesar
de sua fraqueza, a fortaleza do Pastor.”