Brasília, 23 abr (RV) - Na semana passada, o presidente da Caritas Brasileira,
Dom Demétrio Valentini, visitou o Haiti passados três meses do terremoto e não teve
boas impressões: "A situação é mais grave do que a gente imaginava".
Em entrevista
à Agência Adital, Dom Demétrio acredita que o país caribenho "vai demorar anos e anos
para resolver" o problema, pois ainda vive em meio aos entulhos.
Para o Presidente
da Caritas, o desafio será como fazer para ajudar o país caribenho nessa nova fase.
Na opinião dele, a ajuda deve ser equilibrada: de um lado, a solidariedade internacional
e, de outro, a soberania nacional. "É preciso que eles tomem a iniciativa para serem
protagonistas."
Segundo o Arcebispo, neste momento, a ajuda da Caritas deverá
priorizar a educação, anunciando que já está em fase de amadurecimento uma proposta
de reconstruir escolas e viabilizar a educação no país caribenho. "A educação é uma
urgência. É uma prioridade absoluta da Caritas" – declarou.
Além da solidariedade
internacional, Dom Demétrio destaca também o trabalho que vem sendo realizado no país
pela Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), liderada pelas
tropas brasileiras: "Muitos acham que as forças deveriam se retirar. Acredito que
agora não. Elas tranquilizam a população, organizam a distribuição de alimento". (BF)