Nova Iorque, 22 abr (RV) - O representante do Alto Comissariado das Nações
Unidas para Refugiados (ACNUR), para o sul da Europa, Laurens Jolles, expressou sua
satisfação e estima pelo trabalho do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes
e os Itinerantes e pelo compromisso pessoal do secretário desse organismo vaticano,
Dom Agostino Marchetto, em favor dos imigrantes.
Numa nota, a agência da ONU
mostra sua perplexidade em relação a alguns expoentes do governo italiano que, junto
com as autoridades líbias, rejeitaram recentemente vários imigrantes que chegaram
ao canal de Sicília, sem dar as devidas garantias de identificação aos refugiados
que tinham condições de pedir asilo político.
Entre os imigrantes estavam pessoas
provenientes da Somália e da Eritréia, países onde persistem condições de insegurança
e violação dos direitos humanos.
"A rejeição sem distinção – recorda o ACNUR
– não pode ser adotada como medida contra a imigração irregular via mar. Pelo contrário,
tal prática prejudica o direito de asilo político na Itália como evidenciada na queda
de pedidos de asilo de 2009, cerca de 17 mil, diante dos 31 mil de 2008.
Em
relação ao número de refugiados na Itália, o ACNUR informa que existem menos de 50
mil, enquanto em outros países da União Europeia o número supera 600 mil na Alemanha
e 300 mil no Reino Unido. (MJ)