Lomé, 14 abr (RV) - "Um ano de alegria e libertação que marca um novo início.
Devemos reler a nossa história passada e atual": este é o convite dos bispos do Togo
aos cidadãos em vista dos 50 anos de Independência do país, que será celebrado no
próximo dia 27.
Numa mensagem conjunta os bispos togoleses denunciam as lacunas
causadas no tecido social motivadas por graves crises que causaram feridas profundas,
sobretudo, nas eleições de 2005 muito contestadas e marcadas por violência.
Em
relação à situação social os prelados condenam o perdurar de mentiras que criam um
clima de desconfiança e alimentam violência, vingança e individualismo, sentimentos
que não favorecem a unidade do país.
Os prelados togoleses condenam também
o aumento da pobreza, a corrupção, as desigualdades econômicas, a apropriação ilegal
de riquezas públicas entre outros fatores que contribuíram para a formação de duas
categorias de togoleses, os ricos que continuam cada vez mais ricos e os pobres cada
vez mais pobres.
Os bispos pedem ao Governo maior responsabilidade na condução
do país rumo à paz, ao bem comum. Pedem também uma boa administração da vida política,
social e econômica e a criação de condições que favoreçam o desenvolvimento do povo
togolês.
"Os 50 anos de Independência do Togo é uma ocasião para mobilizar
energias em favor da fraterna e da paz no país. De 20 a 25 próximos a Igreja togolesa
promove em todas as dioceses momentos de oração pela paz e em memória dos cidadãos
que lutaram pela Independência do país. No domingo, dia 25, será celebrada a missa
da Independência do Togo. (MJ)