2010-04-13 20:33:40

DOM MIGLIORE: INACEITÁVEL CHAGA DA MORTALIDADE INFANTIL E MATERNA NOS PAÍSES POBRES


Nova Iorque, 13 abr (RV) - O Observador Permanente da Santa Sé na ONU, o Arcebispo Celestino Migliore, em pronunciamento nesta segunda-feira, na sede do organismo internacional, em Nova Iorque – no âmbito da 43ª Comissão sobre a população e o desenvolvimento – afirmou que devem ser multiplicados os esforços para salvaguardar a saúde das mulheres e das crianças nos países em desenvolvimento, combatendo o drama da desnutrição e da mortalidade materna.

O prelado enfatizou que na atual crise econômica e financeira as tendências demográficas, em constante diminuição em muitos países, são parte do problema. Em poucas décadas a taxa de crescimento anual caiu de 7% para 1% em diversas áreas do mundo – recordou Dom Migliore.

A crise demográfica, somada ao envelhecimento da população, desdobrou-se "em efeitos devastadores para a economia e a governação". A correção desse déficit de população com a imigração não parece, porém, ser suficiente para resolver tais problemas, nem mesmo a curto prazo.

Portanto, as políticas sociais e demográficas – acrescentou o Arcebispo – devem ser revistas para favorecer os nascimentos. Outra prioridade é reduzir a mortalidade materna.

De fato, todos os anos mais de 500 mil mulheres morrem, sobretudo nos países em desenvolvimento, por causa de complicações na gravidez e no parto – recorda Dom Migliore. Com a morte da mãe, a probabilidade de sobrevivência dessas crianças diminui de modo drástico provocando a "desintegração de muitas famílias e obstáculos ao desenvolvimento local".

Além disso, as doenças do aparelho digestivo e as doenças derivadas da desnutrição continuam sendo as principais causas de morte para as crianças de diversas regiões do mundo. Essas mortes são inaceitáveis, porque facilmente "evitáveis", observou o prelado, acrescentando que nos países em desenvolvimento os programas que preveem tratamentos especializados assegurados às mães e a suas crianças não são adequadamente financiados.

Dom Migliore destacou que investimentos a longo prazo na formação podem levar para os Estados em desenvolvimento importantes melhoramentos no âmbito da saúde. Mas a emigração, inclusive de pessoas de competência médica, cria obstáculo para o melhoramento do sistema de saúde nesses países.

Por fim, o Observador Permanente da Santa Sé na ONU recordou que hospitais e clínicas católicas continuam na linha de frente em muitos países em desenvolvimento, "na assistência básica de saúde, em particular para os mais marginalizados da sociedade". (RL)







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