Porto Príncipe, 12 abr (RV) – Amargura e tristeza tomam conta dos 7 mil “sem-teto”
que, após 3 meses do terremoto que abalou o Haiti, foram obrigados a deixar o alojamento
provisório instalado no estádio Sylvio Cator, na capital do país. Esta foi a decisão
das autoridades locais que optaram por retomar as atividades esportivas no estádio.
Uma
rádio local informa que, após a ordem de retirada, nem todos os deslocados foram beneficiados
com tendas e faltam instruções sobre como se organizar.
Muitos haitianos vivem
ainda em situação precária, após o sismo, instalados em pátios, terrenos baldios ou
jardins, que com as recentes chuvas têm se transformado em lamaçais.
Para a
administração das doações feitas pela comunidade internacional e para reorganizar
o futuro do país, a Câmara dos Deputados, aprovou, “sob controvérsias” – segundo o
imprensa local – a criação de uma Comissão Interina para a Reconstrução, co-presidida
pelo ex-presidente norte-americano Bill Clinton, com mandato de 18 meses.
Além
das dificuldades de reorganização do país, que já antes do terremoto sofria de graves
carências estruturais, os haitianos começam a enfrentar dificuldades no planejamento
das eleições presidenciais, já que o mandato do atual presidente termina em fevereiro
do próximo ano.
A Organização dos Estados Americanos (OEA), ao fim de uma missão
técnica no país, já garantiu seu total apoio à preparação das eleições, afirmando
que é possível realizá-las diante das exigências constitucionais. (RD)