Pesar do Papa pelo desastre aéreo ocorrido na Rússia provocando a morte do Presidente
polaco e outras autoridades da Polónia
Bento XVI enviou um telegrama de pêsames ao Presidente do Parlamento da Polónia, Bronislaw
Komorowski. "Foi com profunda dor que recebi a notícia da trágica morte do Presidente
Kaczynski, da esposa e das pessoas que o acompanhavam na viagem a Katyń." – declara
o Papa, que recorda expressamente Ryszard Kaczorowski, antigo Presidente da República
no exílio, o Bispo católico das Forças Armadas Tadeusz Ploski, o arcebispo ortodoxo
militar Miron Chodakowski e o Pastor militar evangélico Adam Pilsch. "Confio todas
as vítimas desse dramático acidente à bondade de Deus misericordioso" – lê-se na mensagem.
Na tragédia, além do Presidente Kaczynski perderam a vida também importantes
expoentes da liderança polaca, nomeadamente o Director do Banco Central, o chefe de
Estado Maior do Exército e o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros. O avião
presidencial polaco devia aterrar no aeroporto de Smolensk, de onde o Presidente e
comitiva seguiriam para Katyń, onde se encontra uma das mais importantes valas comuns
de toda a Europa, local que foi teatro de um massacre que custou a vida a quase 22
mil oficiais e cidadãos polacos, assassinados por soldados da Armada Russa em 1940.
Segundo
as primeiras investigações, a tragédia nos céus da Rússia foi causada pelo mau tempo
e por denso nevoeiro. O avião tocou a copa das árvores antes de chocar-se no solo. Fontes
russas divulgaram que a torre de controle havia desaconselhado a aterragem por causa
das proibitivas condições do tempo. Mas o piloto teria ignorado a advertência. Com
este acidente sobe para 1175 o número das vítimas provocadas, nos últimos 15 anos,
por desastres aéreos com um Tupolev.
O governo polaco decidiu sete dias de
luto nacional e anunciou a realização de eleições presidenciais antecipadas em meados
do ano.