2010-04-10 20:01:14

MULTIPLICAM-SE TESTEMUNHOS DE AFETO E SOLIDARIEDADE AO PAPA


Cidade do Vaticano, 10 abr (RV) - Diante dos contínuos ataques sobre a questão dos abusos, multiplicam-se os testemunhos de afeto e solidariedade que chegam ao Papa.

"A Igreja sempre perseguiu e deu indicações de máxima transparência e firmeza ao enfrentar" o "crime" dos abusos contra menores: foi o que afirmou à Cnn o Arcebispo de Gênova e Presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), Cardeal Angelo Bagnasco. "Não houve uma cultura do silêncio imposta ou pregada pela Igreja, em nenhum nível", acrescentou o purpurado.

Perguntado sobre a existência de uma campanha orquestrada contra o Papa, respondeu: "Certamente olho os fatos e parece que toda palavra, todo ato do Santo Padre desagrade a certas pessoas ou em certos ambientes. Parece que os irrite. É natural perguntar-se por qual motivo."

Também o Arcebispo de Perugia e vice-Presidente da CEI, Dom Gualtiero Bassetti, se pronunciou afirmando no L'Osservatore Romano: o Papa é uma "testemunha corajosa da verdade" e o mundo não tolera isso porque quer assimilar a Igreja "para torná-la insignificante. Ao invés, ela permanece sendo consciência crítica e fonte de segurança e esperança para aqueles que realmente aspiram o bem" – disse.

Por outro lado – acrescenta – "a coragem de Bento XVI vai além, não temendo indicar à Igreja também a realidade incômoda das faltas, das pobrezas e dos escândalos de seus filhos". E o faz enfrentando o insulto e o desdenho de um mundo dominado pela aparência.

O Papa "não pede a outros que carreguem a cruz: a toma para si pessoalmente, a exemplo de nosso Senhor" – conclui Dom Bassetti.

O prelado do Opus Dei, Dom Javier Echevarría, fala de uma "perseguição silenciosa" que nos convida a retribuir "o mal com o bem" para sermos "mais alegremente fiéis e mais apostólicos".

Por sua vez, o Prefeito emérito da Congregação das Causas dos Santos, Cardeal José Saraiva Martins, define os ataques como "uma grave injustiça e, sem dúvida, uma ofensa à honestidade intelectual e à verdade histórica".

"Os padres que cometeram esses crimes abomináveis são uma parte infinitesimal e é justo que paguem – disse – mas agora querem mostrar a Igreja Católica por aquilo que não é."

Por fim, o bispo emérito de Acerra – sul da Itália – Dom Antonio Riboldi, protagonista da luta contra a camorra, explicou que "mais que contra a pedofilia, se quer combater a Igreja e atingir o Papa para desmoralizar os fiéis".

"A Igreja sempre foi combatida – disse. Mas se trata de um ataque que fracassará; aliás, as pessoas reagem positivamente porque são inteligentes e entendem que estamos diante de uma perseguição." (RL)







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