2010-04-09 18:38:00

SOLIDARIEDADE AO PAPA: IGREJA COMPROMETIDA EM ENFRENTAR ESCÂNDALO DA PEDOFILIA


Cidade do Vaticano, 09 abr (RV) - Multiplicam-se expressões de proximidade e solidariedade a Bento XVI, provenientes não somente do mundo católico. Cada vez mais ressaltam a linha firme de Joseph Ratzinger para contrastar o grave escândalo da pedofilia na Igreja.

De fato, cada vez mais também expoentes não-católicos atestam solidariedade ao Papa. O intelectual judeu Jon Juaristi escreveu no diário espanhol Abc que "não precisa ser necessariamente católicos" para compreender o verdadeiro motivo dos ataques à Igreja: expulsar os católicos da esfera pública.

E o ex-Prefeito de Nova Iorque, Ed Koch, afirmou no diário israelense Jerusalem Post que os "contínuos ataques da mídia" contra o Papa e a Igreja "se tornaram uma manifestação de anticatolicismo". A sequencia de artigos "sobre os mesmos eventos – reitera Koch – não é mais voltada a informar, mas simplesmente a punir".

A "veemência contra Bento XVI" – observa por sua vez o fundador da Comunidade romana de Santo Egídio e historiador Andrea Riccardi – "é anterior ao Pontificado". A imagem de "duro inquisidor" que a mídia quis dar do Cardeal Ratzinger preparou "o terreno a um impacto difícil, quase sempre crítico em relação a este Papa".

A solidariedade ao Papa é expressa por cardeais, bispos, sacerdotes e simples fiéis de todas as partes do mundo. Por trás dos "injustos ataques" ao Papa existem "visões da família e da vida contrárias ao Evangelho", afirmou o Cardeal Secretário de Estado, Tarcisio Bertone, em visita ao Chile.

Opinião partilhada pelos prelados do Vietnã, os quais observam que enquanto violências, abortos e divórcios se difundem no mundo inteiro, alguns meios de comunicação dão atenção somente a abusos sexuais cometidos por sacerdotes.

Por sua vez, o Cardeal indiano arcebispo de Bombay, Oswald Gracias, destaca distorções e mentiras contra Bento XVI. Além disso, o purpurado recorda, no L'Osservatore Romano, a sintonia entre João Paulo II e o então Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Joseph Ratzinger, ao enfrentar a situação dos abusos com seriedade e firmeza.

Daí, o paradoxo de um ataque desfechado contra Wojtyla e Ratzinger, que dotaram a Igreja de instrumentos mais eficazes para enfrentar o escândalo da pedofilia.

Também o Arcebispo de Nápoles, Cardeal Crescenzio Sepe, expressa a sua solidariedade ao Papa.

O purpurado ressalta que até mesmo um só caso de abuso de sacerdotes contra menores "já seria muito". E, todavia, denuncia "a inconsistência dos ataques" a Bento XVI, que se mostra "inflexível" em relação a essa "gravíssima chaga", como evidencia, em particular, o caso da Irlanda.

Também o Cardeal Severino Poletto pede mais respeito pelo Papa. O Arcebispo de Turim constata que todo dia tem uma nova edição sobre o assunto, mas a Santa Sé demonstrou que as coisas não foram nem camufladas nem diminuídas.

Por sua vez, respondendo a algumas notícias, um comunicado do Vicariato de Roma ressalta que o Cardeal Agostino Vallini, na época Bispo de Albano (a cerca de 30Km de Roma), interveio com tempestividade no caso de presumíveis abusos contra menores praticados por parte de um sacerdote, não pertencente ao clero diocesano, que desempenhava seu ministério sacerdotal em Pomezia.

O sacerdote – lê-se na nota – "foi imediatamente suspenso a divinis e foi pedido ao legítimo superior a sua imediata transferência para outra sede, sem o exercício do ministério". A decisão – ressalta o comunicado – "suscitou fortes reações na população de Pomezia contra o Bispo pela providência adotada, considerada excessivamente severa", mas Dom Vallini "manteve a sua decisão". (RL)







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