Cidade do Vaticano, 07 abr (RV) - O Evangelho nos apresenta Jesus e os discípulos
de Emaús. Após as vicissitudes da paixão e morte do Senhor, alguns discípulos retornaram
para suas casas e, como os demais, esquecendo as palavras dele de que iria ressuscitar
ao terceiro dia. Dois discípulos voltam para a vida em Emaús. No coração e na mente
retornam, com eles, a desesperança e a desilusão. Aquele que acreditavam ser o Messias,
que era muito próximo deles, apesar das maravilhas que operou, faz três dias que foi
morto como sacrílego, setenciado entre dois bandidos.
Eles vão conversando,
trocando sentimentos de dor e desilusão. Todavia, Jesus, em seu papel de Consolador,
se aproxima deles e, como um desconhecido, pergunta o motivo de tanta tristeza. Eles,
imersos na dor, não conseguem levantar os olhos e ver que dirige a palavra a eles.
Desabafam com o desconhecido contando o ocorrido em Jerusalém e estupefatos pelo andarilho
não saber de nada. Jesus usou a famosa fórmula maiêutica, de levá-los ao conhecimento
da verdade através de perguntas. Para ajudá-los Jesus os faz recordar os textos da
Sagrada Escritura que falam sobre sua paixão e morte, desde Moisés e passando pelos
profetas.
À medida que o Senhor lhes fala, o ânimo vai voltando aos corações,
a tal ponto que quando chegam à aldeia, pedem a Jesus que pernoite com eles. O Senhor,
que “bate à porta e pede para entrar”, mas não força, aproveita a ocasião e diz sim.
Sentados á mesa, os donos da casa pedem ao desconhecido que faça a oração antes da
refeição. Nesse momento, quando o Senhor toma o pão e diz a bênção, eles reconhecem
que é Jesus Ressuscitado que os acompanhou durante todo o trajeto e agora ceia com
eles. Simultaneamente a esse “insight”, a essa iluminação, Jesus desaparece e os
discípulos são tomados de profunda alegria. Não obstante a noite e o cansaço, eles
voltaram para Jerusalém com o objetivo de anunciar a boa nova aos seus companheiros.
Também
nós somos convidados pelo Senhor, após nossa experiência pascal, a anunciarmos que
Jesus é o Messias, que a Vida derrotou a morte, que somos filhos queridos de Deus! (CAS)