Cidade do Vaticano, 29 mar (RV) - O Evangelho de hoje, extraído de Jo 12, 1-11,
nos relata a cena ocorrida durante um jantar em Betânia, após a ressurreição de Lázaro.
Estavam presentes os três irmãos – Lázaro, Marta e Maria -, Jesus e seus discípulos,
e outras pessoas. Diz o autor do 4º Evangelho: “Marta servia e Lázaro era um dos que
estavam à mesa com ele (Jesus). Então Maria, tendo tomado uma libra de um perfume
de nardo puro, muito caro, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os cabelos; e a
casa inteira ficou cheia do perfume do bálsamo.”
A reação de Judas Iscariotes
foi de total reprovação do ato de Maria por causa do grande desperdício, do gasto
com muito dinheiro que deveria ser revertido em favor dos pobres. Jesus não reprova,
mas até justifica esse gesto. Diz o evangelista que Judas teve essa reação não porque
amasse os pobres, mas porque era ladrão e administrava a bolsa comum. Já Jesus vê
nesse gesto de Maria de Betânia, a unção de seu cadáver.
A grandeza de Maria
e a mesquinhez de Judas! Enquanto Maria ama, é grata, é generosa, possui afeto sincero,
Judas desconhece tudo isso e não tem a sensibilidade de perceber que presencia um
gesto de adeus. Peçamos ao Senhor que se entrega livremente à morte para nos dar a
Vida, nos libertar do egoísmo e nos tornar generosos. (CAS)