2010-03-26 10:14:06

SYDNEY: CARDEAL PELL E A ATITUDE DO PAPA


Sydney, 26 mar (RV) - O Arcebispo de Sydney, Cardeal George Pell, falando sobre os últimos acontecimentos que envolvem membros do clero em abusos sexuais que quando teve a necessidade de atender pessoas que sofreram abusos por parte de sacerdotes, usualmente elas preferiram a privacidade. “O tema é muito triste e muito sério para que circule desinformação gerando maior dor nas vítimas”. Também destacou a intenção do Papa Bento XVI de enfrentar este tema com mão firme e com uma especial compaixão para com as vítimas.

Depois de comentar que a recente carta do Santo Padre aos católicos da Irlanda é uma clara demonstração de sua firme atitude diante desse tema, o Cardeal recordou que quando esteve na Austrália, Bento XVI se encontrou com algumas vítimas de abusos. “Ele sstá pessoalmente empenhado em fazer todo o possível para fazer justiça e confortá-las”, comentou o purpurado.

Após explicar que o Papa sempre teve esta disposição, especialmente como Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o Arcebispo ressaltou que no ano 2001 recebeu uma instrução desse organismo vaticano na qual se pedia para se dirigir ao mesmo para as informações nos casos de abusos sexuais.

Em seguida o Cardeal assinalou que alguns meios estão acostumados a referir-se à instrução indicando que esta “pedia aos bispos tratar as acusações com absoluto secreto e de informar à polícia sob pena de excomunhão”. “A carta do Cardeal Ratzinger do ano 2001 não fazia nenhuma referência a excomunhões”, precisou.

Ao falar depois de casos que chegaram até ele, o Arcebispo de Sydney disse que “foram apresentadas com freqüência acusações que se referiam a casos de dezenas de anos atrás, e as vítimas sempre foram exortadas a irem à polícia”. “Isso é o que preferiríamos. Mas as vítimas com freqüência preferiram a privacidade. O tema é muito triste e muito sério para que circule desinformação gerando maior dor nas vítimas”.

As normas eclesiásticas que se referem aos abusos sexuais, concluiu, “nunca foram interpretadas como uma proibição para denunciar os crimes às autoridades civis. As leis locais se respeitam em todos os casos e certamente este é o caso da Austrália e Nova Gales do Sul”, concluiu. (SP)







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