Maputo, 25 mar (RV) - Ontem 24 de março, foi o Dia Mundial de combate à tuberculose,
e o Secretário-Geral da ONU difundiu uma mensagem recordando os avanços significativos
foram na luta contra a doença, cujos resultados salvaram a vida de 6 milhões de pessoas
nos últimos 15 anos.
Ban Ki-moon disse que o mundo está no caminho certo para
bloquear e inverter a propagação da tuberculose, e prestou homenagem aos médicos,
enfermeiros e outros agentes de saúde que ajudaram a tratar e curar 36 milhões de
pessoas desde 1995.
A Rádio ONU informa que o continente africano é uma das
regiões mais afetadas pela doença. Com cerca de 12% da população mundial, a África
abriga 22% dos novos casos de tuberculose que surgem por ano.
Segundo o diretor-regional
da Organização Mundial da Saúde no continente, Luis Sambo, a fragilidade dos sistemas
de saúde e os fracos investimentos no controle da doença são os principais responsáveis
pela situação.
A diretora do programa de combate à tuberculose em Moçambique,
Paula Samogudo, disse à Rádio ONU, de Maputo, que a associação da doença ao HIV-Aids,
também dificulta o controle.
"A taxa de co-infecção é elevada. Em 2009 a taxa
de co-infecção era de 66%, o que mostra que em cada 10 pessoas, seis que tinham tuberculose
também estavam infectadas com o vírus HIV. A tuberculose é a infecção oportunista
mais comum e a principal causa de morte nos soropositivos. Isto constitui um sério
obstáculo para o controle da tuberculose" - afirmou.
O tema do Dia Mundial
este ano foi 'Em marcha contra a Tuberculose: inovação para acelerar a ação'.
Segundo
dados da OMS, a doença mata pelo menos 1,5 milhão de pessoas todos os anos, uma morte
a cada 20 segundos. (CM-ONU)