2010-03-25 10:58:52

IGREJA ENGAJADA COMBATE TRABALHO ESCRAVO


Brasília, 25 mar (RV) - Encerraram-se no fim da tarde de ontem, 24, na Casa de Retiros São Boaventura, em Brasília, os dois dias da Mesa de Diálogos da CNBB: “Trabalho Escravo no Brasil hoje: O que fazer?”.

Para o Bispo Diocesano de Abaetetuba (PA), Dom Flávio Giovenale, que participou do evento, “o encontro é um passo para a contribuição da Igreja na luta contra o trabalho escravo no Brasil”.
Já o assessor da Pastoral Afrobrasileira da CNBB, Padre Ari Antônio dos Reis, “a Igreja, juntamente com a sociedade, tem o papel de superar esse mal em primeiro lugar compreendendo o que significa trabalho escravo hoje; em um segundo momento discutindo a repressão e o enfrentamento, ou seja, como a Igreja pode contribuir nesses dois aspectos, além de trabalhar a questão da reinserção dos trabalhadores que foram libertos do trabalho escravo”. Segundo Padre Ari, a reinserção significa que existem pessoas que continuam vulneráveis e excluídas da sociedade e que, por isso, continuam a cair mãos do trabalho escravo.

O coordenador da Campanha da Comissão Pastoral da Terra (CPT) Contra o Trabalho Escravo, Frei Xavier Plassat, destaca que o encontro é uma forma de aumentar o grau de mobilização da Igreja no Brasil no combate ao trabalho escravo: “A CNBB e a CPT estão nessa luta há muitos anos, iniciaram esse trabalho há mais de 30 anos. Esse encontro reforça essa presença da Igreja nesse espaço. Para os bispos presentes no encontro, a Igreja continua a ter o potencial de fazer pressão de ações e de acolhida a essa causa”.

O encontro contou com a participação de 10 bispos de nove estados do país onde o problema do trabalho escravo é mais acentuado, além de sacerdotes e leigos engajados na causa e especialistas sobre o assunto. Logo após o evento será preparado um documento com proposições de atuação da CNBB.
(CM-CNBB)







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