2010-03-24 10:11:13

IRAQUE: EXPECTATIVA PELO RESULTADO DAS ELEIÇÕES


Bagdá, 24 mar (RV) – “Está crescendo o número de iraquianos que desejam um país administrado pela razão e pela lei e não por uma confissão e uma etnia. Há o desejo de um Estado de direito, e isso me parece um fato muito positivo”. Na expectativa de conhecer os resultados definitivos das eleições que, com muita probabilidade serão divulgados na sexta-feira, dia 26 de março, o Arcebispo de Bagdá, Dom Jean Benjamin Sleiman, comenta assim à agência Sir o voto de 7 de março último no Iraque.

A contagem dos votos – já apurados 95% do total até o momento – registra um corpo a corpo entre o premier que deixa o poder Nuri al Maliki e o opositor Yyad Allawi, com uma leve vantagem para Maliki. “Os apelos à laicidade em vista do voto – explica Dom Sleiman – foram acolhidos também em virtude do fato que um certo tipo de ligação entre religião e política não deu frutos em nível social, econômico e cultural. A novidade do voto está também na variedade das listas apresentadas”. Uma variedade que porém, segundo Dom Sleiman, “favoreceu também a fragmentação política dos cristãos que poderia ter sido evitada”.

Qualquer que seja o resultado definitivo que sairá das urnas, acrescenta o Arcebispo latino, “o novo Parlamento e o novo Governo deverão deter os massacres de cristãos, em andamento especialmente em Mossul, encontrando mandantes e executores desses crimes. O Estado deve intervir e se não é capaz, peça ajuda a outros para resolver a questão. É inaceitável que pessoas sejam assassinadas deste modo”.

Quem também deseja um governo leigo é o Arcebispo caldeu de Mossul, Dom Emil Shimoun Nona, que à margem de uma entrevista sobre as próximas celebrações de Páscoa, convidou as “autoridades da cidade a fornecer notícias sobre o motivo de tanta violência contra os cristãos, sobre as investigações dos crimes cometidos contra a nossa comunidade que está perdendo a confiança no Estado”. (SP)







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