Fujian, 24 mar (RV) – Um sacerdote da Igreja clandestina da Diocese de Mindong
(Fujian), na China, foi preso no último dia 19 de março. Padre Liu Maochun, 36 anos,
foi detido pelas forças de segurança um dia depois da libertação de outro sacerdote,
Padre Giovanni Battista Luo Wen, colocado em liberdade após 15 dias de prisão. A detenção
de Padre Liu ocorre em concomitância com um encontro plenário da Comissão Vaticana
sobre a Igreja na China.
Padre Liu e Padre Luo fazem parte de um grupo de sete
sacerdotes não reconhecidos pelo Governo, que entre o fim de janeiro e início de fevereiro
realizaram dois encontros para 300 jovens universitários da diocese. Tal atividade,
segundo o regulamento do Ministério dos Serviços Religiosos é ilegal porque realizada
fora do controle do Governo e da Associação Patriótica.
Durante a realização
do encontro, na Igreja de Saiqi, as forças de segurança ameaçaram os sacerdotes e
os jovens e ordenaram o cancelamento a manifestação. Os sacerdotes, ao invés, continuaram
até o fim, encorajando os jovens a fazer o mesmo. Um mês depois, Padre Luo foi preso.
Em precedência tinha declarado à agência AsiaNews que ele estava “pronto para ir para
a cadeia”, não tinha “nada a temer” e que era muito “orgulhoso de ser um sacerdote
católico, desejoso de professar a sua fé também com as ações”.
Outros dois
sacerdotes, Padre Guo Xijin e Padre Miu Yong receberam aviso de prisão, e acreditam
que serão detidos proximamente. A todos os sacerdotes foi infligida um multa de 500
yuan (cerca de 50 euros).
A Igreja clandestina na China é perseguida porque
rejeita a adesão à Associação Patriótica, organismo do Partido Comunista que controla
as atividades da Igreja e deseja constituir uma Igreja independente da Santa Sé. (SP)