Havana, 22 mar (RV) - Após participar da missa dominical na igreja de Santa
Rita, como o fazem há 7 anos, as Damas de Branco cubanas fizeram ontem uma passeata
em Havana pedindo a libertação de seus familiares. A organização Damas de Branco reúne
mulheres e mães dos 53 dissidentes cubanos que estão presos desde 2003.
Vestidas
de branco, as mulheres realizaram na última semana uma série de marchas para pedir
também respeito aos direitos humanos na Iha.
Circundadas por um cordão policial,
as mulheres foram acompanhadas por centenas de partidários do governo de Fidel e Raúl
Castro, assim como ocorreu nas manifestações dos dias anteriores.
A passeata
terminou diante da sede da Assembleia Nacional de Cuba, e foi a última de sete dias
consecutivos de protestos pelo sétimo aniversário da chamada "Primavera Negra" de
2003, quando 75 opositores foram condenados a longas penas de prisão.
Orlando
Zapata Tamayo, que faleceu no último mês após 85 dias em greve de fome, era um dos
integrantes desse grupo. Sua mãe, Reyna Tamayo, estava presente ontem.
A Organização
Damas de Branco recebeu em 2005 o Prêmio Sakarov do Parlamento Europeu, que homenageia
pessoas ou organizações que dedicam suas vidas ou ações à defesa dos direitos humanos
e da liberdade. (CM)