Bento XVI encontrou a comunidade evangélica luterana de Roma.O Papa sublinhou
a importância do ecumenismo, reconhecendo contudo que ainda há divergências em “aspectos
essenciais”.
(15/3/2010) Bento XVI visitou este Domingo a igreja evangélica luterana de Roma,
27 anos depois de João Paulo II ter feito o mesmo, num gesto qualificado como histórico. O
Papa, esteve nesta comunidade que é, na sua maioria, constituída por germânicos, e
foi acolhido pelo pastor Jens-Martin Kruse. A acompanhar Bento XVI estavam os Cardeais
Tarcisio Bertone, Secretário de Estado, e Walter Kasper, presidente do Conselho Pontifício
para a promoção da unidade dos cristãos. Na sua intervenção, o Papa sublinhou a
importância do ecumenismo, reconhecendo contudo que ainda há divergências em “aspectos
essenciais”. “As nossas divisões são um pecado do qual carregamos a culpa…certamente
o caminho ecuménico prossegue e é belo que hoje possamos rezar juntos, juntos entoar
os mesmos cânticos, juntos escutar a mesma Palavra de Deus. Porém a rede rompeu-se
e o caminho dividiu-se em tantos caminhos; desta maneira – salientou o Papa – o testemunho
dos cristãos obscureceu-se. Bento XVI referindo-se aos sucessos do ecumenismo nos
últimos anos, lamentou contudo o facto de não podermos beber do mesmo único cálice
e não podermos estar juntos ao redor do mesmo altar. Isto – disse – deve entristecer-nos
porque é uma situação de pecado, mas a unidade não pode ser feita pelos homens: devemos
confiar no Senhor porque somente Ele nos pode dar a unidade. Esperemos que Ele nos
leve á unidade.” Pertencem à comunidade, dirigida por Jens-Martin Kruse, mais de
trezentos membros inseridos em diversas actividades espirituais, formativas e culturais.
O Papa esteve com eles numa celebração ecuménica e, em seguida, encontrou-se com os
membros do Conselho.