2010-03-12 13:18:25

“A necessidade de padres que falem de Deus ao mundo e que apresentem o mundo a Deus; homens não sujeitos a modas culturais efémeras , mas capazes de viver autenticamente aquela liberdade que somente a certeza da pertença a Deus é capaz de dar, salientada por Bento XVI aos participantes num encontro teológico promovido pela Congregação para o Clero


(12/3/2010) Na manhã desta sexta feira Bento XVI recebeu em audiência no Vaticano os participantes no encontro teológico promovido pela congregação para o clero. Nele participaram mais de 50 bispos e mais de 500 padres muitos dos quais responsáveis nacionais ou diocesanos do Clero e da formação permanente.
O tema debatido foi fidelidade de Cristo, fidelidade do sacerdote.
No discurso que lhes dirigiu durante esta audiência no Vaticano, Bento XVI salientou que o tema da identidade sacerdotal é determinante para o exercício do sacerdócio ministerial no presente e no futuro.
“Num contexto de secularização difusa que exclui progressivamente Deus da esfera publica e tendencialmente também da consciência social partilhada – salientou o Papa – muitas vezes o sacerdote parece estranho ao sentir comum, precisamente pelos aspectos mais fundamentais do seu ministério, como aqueles de ser o homem do sagrado, subtraído ao mundo para interceder a favor do mundo, constituído, em tal missão, por Deus e não pelos homens.
Por esse motivo é importante superar, perigosos reducionismos, que nos decénios passados, …..apresentaram o padre quase como um agente social, correndo o risco de atraiçoar o próprio Sacerdócio de Cristo.
Bento XVI salientou depois que, no tempo em que vivemos é particularmente importante que a chamada a participar no único Sacerdócio de Cristo no Ministério ordenado floresça no carisma da profecia:
“há uma grande necessidade de padres que falem de Deus ao mundo e que apresentem o mundo a Deus; homens não sujeitos a modas culturais efémeras , mas capazes de viver autenticamente aquela liberdade que somente a certeza da pertença a Deus é capaz de dar….
Hoje a profecia mais necessária é aquela da fidelidade, que partindo da Fidelidade de Cristo á humanidade, através da Igreja e do Sacerdócio ministerial, leve a viver o próprio sacerdócio na adesão total a Cristo e á Igreja.
Na maneira de pensar, de falar, de julgar os factos do mundo, de servir e amar, de relacionar-se com as pessoas, também no traje – disse depois o Papa – o padre deve tirar força profética da sua pertença sacramental, do seu ser profundo. Por conseguinte deve ter todos os cuidados em subtrair-se á mentalidade dominante que tende a associar o valor do ministro não ao seu ser, mas á sua função, desconhecendo assim, a obra de Deus que incide na identidade profunda da pessoas do sacerdote, configurando-a Si de maneira definitiva.
A vida profética, sem compromissos, com a qual serviremos a Deus e o mundo, anunciando o Evangelho e celebrando os Sacramentos - disse o Papa a concluir – favorecerá o advento do Reino já presente e o crescimento do Povo de Deus na fé.








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