Roma, 12 mar (RV) - A segunda parte do livro de Bento XVI “Jesus de Nazaré”
abordará a plena aplicação da 'Dominus Iesus’, declaração sobre a unicidade e a universalidade
salvífica de Jesus Cristo e da Igreja, publicada em 2000 pela Congregação para a Doutrina
da Fé, presidida pelo então Cardeal Joseph Ratzinger.
A revelação foi feita
à Agência Zenit pelo Cardeal Antonio Cañizares Llovera, Prefeito da Congregação para
o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, no contexto do congresso de estudo
sobre 'Dominus Iesus', organizado pelo Ateneu Pontifício Regina Apostolorum de Roma.
Em
sua palestra “A Dominus Iesus na vida da Igreja de hoje”, o cardeal espanhol qualificou
a declaração da Santa Sé como um “documento profético”, pois ressalta que Jesus é
o único redentor. Dom Antonio Cañizares criticou ideologias relativistas que indicam
que a revelação de Jesus Cristo deva ser complementada com as doutrinas de outras
religiões: “isto seria contrário à fé católica” – assegurou.
A primeira parte
do livro “Jesus de Nazaré” foi publicada em 2007. Na obra, o Papa analisa passagens
bíblicas como o batismo de Jesus, o evangelho do Reino de Deus, o Sermão da Montanha,
o Pai Nosso, os discípulos, as parábolas e as grandes imagens do Evangelho de São
João. Há também referências à confissão de Pedro e à transfiguração; e aos nomes com
os quais Jesus se refere a si mesmo.
A expectativa é que a segunda parte seja
publicada até o fim de 2010. (CM)