Cidade do México, 11 mar (RV) - A presidência da Conferência Episcopal Mexicana
(CEM) se pronunciou esta semana a respeito da situação do país, em especial a respeito
da vida humana, da justiça e da paz.
Segundo o documento, é urgente trabalhar
por um Estado de direito que garanta os direitos individuais e de todos, o bem-estar,
a proteção e a segurança em favor de todo cidadão. Esta tarefa cabe seja às autoridades,
seja à própria sociedade mexicana.
Como aconteceu no restante da America Latina,
também no México a vida social entrou em crise, minando a convivência harmônica e
pacífica. "Isso se verifica com o crescimento da violência que, dia após dia, se manifesta
em furtos, assaltos, sequestros, corrupção e extorsão e, o que é ainda mais grave,
em assassinatos que todos os dias provocam dor às famílias e a toda a sociedade."
O episcopado mexicano ressalta que esses fatos tão trágicos não são esporádicos,
mas fazem parte de uma situação que se tornou habitual. E diante desse quadro, cada
um é chamado a "discernir para colocar-se a serviço do Reino, anunciando Jesus que
veio para dar a vida a todos e em plenitude".
Para os bispos, as muitas expressões
de angústia e desespero do povo são manifestações da impotência diante da pobreza,
da injustiça, da desigualdade na distribuição da riqueza. A CEM considera que chegou
a hora da reconciliação e do esforço necessário para promover a unidade nacional,
respeitando a riqueza da pluralidade de culturas.
Por fim, pedem à Padroeira
do México, Nossa Senhora de Guadalupe, proteção para que o México conheça a paz e
tenha uma vida digna. A nota da CEM é assinada pelo seu Presidente, Dom Carlos Aguiar
Retes, e pelo Secretário, Dom Víctor René Rodríguez Gómez. (BF)