2010-03-09 09:24:54

ÁFRICA: MUDANÇAS CLIMÁTICAS PREOCUPAM RELIGIÕES


Abuja, 09 mar (RV) - Os líderes religiosos africanos querem dar uma contribuição ativa na luta às mudanças climáticas. O compromisso emergiu em um fórum sobre o clima organizado nos dias 2 e 3 de março pelo ‘British Council’ (organização internacional do Reino Unido para Educação e relações culturais), e o banco ‘First City Monument Bank’ na capital nigeriana, Abuja.

Preocupados, cerca de 60 expoentes religiosos católicos, protestantes e muçulmanos, da África sub-Saariana e do Reino Unido, debateram as consequências econômicas e sociais das alterações climáticas na África.

Na declaração final, publicada pelo jornal nigeriano “Daily Champion”, eles recordam que as mudanças no clima podem aumentar de modo significativo a pobreza, as doenças e os conflitos; o que demonstram as inundações e a seca ocorridas em várias partes da África.

O continente não tem condições tecnológicas e financeiras para enfrentar esta emergência que ameaçaria a agricultura, principal recurso para o sustento dos povos africanos. O risco é que os povos africanos se tornem “refugiados das mudanças climáticas”, minando ainda mais a já frágil paz destes países.

Chamando em causa os ensinamentos religiosos sobre a defesa da criação, os líderes se disseram prontos a fazer sua parte sensibilizando os fiéis sobre o tema. Por outro lado, pediram para participar das negociações nacionais e regionais sobre os acordos climáticos e propuseram unir suas forças e pedir aos países desenvolvidos que reduzam efetivamente as emissões de gás carbônico.

O fórum pediu também a criação de um Fundo mundial sobre o clima.

A este respeito, a cidade de Parma, norte da Itália, vai hospedar, de 10 a 12 de março, a Quinta conferência Ministerial sobre o Meio Ambiente e a Saúde. O evento deve reunir Ministros da Saúde e do Ambiente de 53 Países da Europa e representantes da Organização Mundial da Saúde.

Será a primeira reunião em cinco anos; o objetivo é negociar e adotar uma Declaração que defina a agenda européia de desafios sobre a saúde ambiental nos próximos anos. Mais de 60 ministros, vice-ministros e secretários de Estado já se registraram, e estão sendo aguardados mais de 850 participantes. (CM)







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