Abuja, 09 mar (RV) - Os líderes religiosos africanos querem dar uma contribuição
ativa na luta às mudanças climáticas. O compromisso emergiu em um fórum sobre o clima
organizado nos dias 2 e 3 de março pelo ‘British Council’ (organização internacional
do Reino Unido para Educação e relações culturais), e o banco ‘First City Monument
Bank’ na capital nigeriana, Abuja.
Preocupados, cerca de 60 expoentes religiosos
católicos, protestantes e muçulmanos, da África sub-Saariana e do Reino Unido, debateram
as consequências econômicas e sociais das alterações climáticas na África.
Na
declaração final, publicada pelo jornal nigeriano “Daily Champion”, eles recordam
que as mudanças no clima podem aumentar de modo significativo a pobreza, as doenças
e os conflitos; o que demonstram as inundações e a seca ocorridas em várias partes
da África.
O continente não tem condições tecnológicas e financeiras para enfrentar
esta emergência que ameaçaria a agricultura, principal recurso para o sustento dos
povos africanos. O risco é que os povos africanos se tornem “refugiados das mudanças
climáticas”, minando ainda mais a já frágil paz destes países.
Chamando em
causa os ensinamentos religiosos sobre a defesa da criação, os líderes se disseram
prontos a fazer sua parte sensibilizando os fiéis sobre o tema. Por outro lado, pediram
para participar das negociações nacionais e regionais sobre os acordos climáticos
e propuseram unir suas forças e pedir aos países desenvolvidos que reduzam efetivamente
as emissões de gás carbônico.
O fórum pediu também a criação de um Fundo mundial
sobre o clima.
A este respeito, a cidade de Parma, norte da Itália, vai hospedar,
de 10 a 12 de março, a Quinta conferência Ministerial sobre o Meio Ambiente e a Saúde.
O evento deve reunir Ministros da Saúde e do Ambiente de 53 Países da Europa e representantes
da Organização Mundial da Saúde.
Será a primeira reunião em cinco anos; o
objetivo é negociar e adotar uma Declaração que defina a agenda européia de desafios
sobre a saúde ambiental nos próximos anos. Mais de 60 ministros, vice-ministros e
secretários de Estado já se registraram, e estão sendo aguardados mais de 850 participantes.
(CM)