(8/3/2010) A Caritas Internacional pede mais protecção para os trabalhadores imigrante,
em especial mulheres, que trabalham como domésticas, amas ou enfermeiras, que correm
mais risco de serem exploradas. Por ocasião do Dia Internacional da Mulher, assinalado
neste dia 8 de Março, aquele serviço da Igreja Católica de acção social, recorda
aos governos e ao mundo o dever de tutelar as trabalhadoras que frequentemente sofrem
abusos e raramente recebem “qualquer tipo de protecção legal”. Considerando que
estes abusos são difíceis de identificar, uma vez que o local de trabalho são casas
particulares, a Caritas pede que as domésticas sejam beneficiadas com a mesma protecção
legal garantida aos demais trabalhadores. Para Martina Liebsch, directora de políticas
da Caritas Internacional, para além do risco de abusos, “as trabalhadoras domésticas
por vezes não têm acesso a protecção adequada em termos de seguridade social; temem
sofrer represálias dos seus patrões caso se queixem às autoridades e consequentemente,
submetem-se condições de verdadeiros escravos modernos”. A Caritas pede que sejam
estabelecidas cláusulas específicas para os imigrantes que realizam trabalho doméstico,
dado que seu trabalho e a sua residência estão ambos ligados a um patrão. “O mundo
precisa perceber que estas mulheres que cuidam de nós, nas nossas próprias casas,
e que fazem grandes sacrifícios para encontrar um emprego no estrangeiro, precisam
dos nossos cuidados”, afirma a organização.