2010-03-05 12:23:17

Novas regras para superar a crise


(5/3/2010) A delegação da Santa Sé deseja reafirmar a própria convicção de que a perspectiva dos direitos humanos fornece um contributo positivo para uma solução da actual crise financeira. Foi que afirmou quarta feira o arcebispo Silvano Tomasi observador permanente da Santa Sé junto das Nações Unidas em Genebra. Por ocasião da 13ª sessão do conselho dos direitos humanos. Embora alguns sinais de retomada parecem visíveis – disse o prelado – a crise continua a agravar as condições de vida de milhões de pessoas no seu acesso ás necessidades de base. Esta situação portanto exige novas regras e um sistema global de “governance” capaz de assegurar um percurso sustentável para o desenvolvimento de todos. As Nações Unidas – recordou depois o arcebispo Silvano Tomasi - dispõem de muitos dados acerca das consequências negativas da crise financeira, entre as quais o escândalo da fome, a desigualdade crescente no mundo e o desemprego. Estes desequilíbrios – como recorda o Papa na encíclica “Caritas in veritate” – são produzidos quando a acção económica, concebida apenas como um motor para a criação de riqueza, se separa da acção politica, concebida como um meio para conseguir a justiça através de redistribuição dos recursos. Equidade e justiça – acrescentou o arcebispo Silvano Tomasi - são critérios essenciais na gestão da economia mundial.
O gozo dos direitos humanos torna-se possível quando os estados traduzem os princípios em direitos. O objectivo comum é a tutela e o respeito da dignidade humana que une a inteira família humana.
O arcebispo Silvano Tomasi salienta além disso a importância da liberdade económica mas indica quatro princípios fundamentais dentro dos quais é necessário mover-se: a centralidade da pessoa humana, a solidariedade, a subsidiariedade e o bem comum. A importante mensagem do Papa contida na encíclica Caritas in veritate – concluiu o prelado – consiste em superar a dicotomia obsoleta entre as esferas económicas, sociais, e ecológicas . A doutrina social da Igreja perseguiu sempre o objectivo do bem comum com particular atenção pelos membros mais vulneráveis da sociedade . Dando prioridade aos seres humanos podem-se modificar as regras que governam o sistema financeiro para promover “mudanças concretas e abandonar os antigo hábitos de avidez que levaram á crise actual.








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