Colombo, 03 mar (RV) – Os católicos do Sri Lanka devem ter um papel ativo,
junto com outras comunidades religiosas, na criação de um país unido, que dê espaço
e respeito a várias etnias, religiões e organizações políticas. Esse o apelo feito
pelo Arcebispo de Colombo Dom Malcom Ranjith, durante a entrega anual dos prêmios
do St. Joseph College, na capital, cerimônia realizada no último dia 26 de
fevereiro.
Dirigindo-se aos católicos, o prelado pediu que reforcem a “fidelidade
à Mãe Lanka” e rezem para que, através da sua intercessão, possam experimentar “um
autêntico renascimento religioso e nacional”.
Dom Ranjith convidou os fiéis
a trabalharem para criar um “espírito de unidade e reconciliação para curar as feridas
do país”. O Sri Lanka está deixando para traz três décadas de guerra civil: no último
mês de janeiro realizaram-se as contestadas eleições, que confirmaram a presidência
de Mahinda Rajapaksa e determinaram a prisão do principal opositor, o general Sarath
Fonseka.
“Os órgãos executivo, legislativo e judiciário – comentou o Prelado
– devem assegurar a lei e ordem, a justiça e uma verdadeira prática da democracia
e da liberdade”. Recordando os 30 anos de guerra civil entre o exército de Colombo
e os rebeldes dos Tigres Tâmeis (Ltte), que causaram milhares de deslocados, Dom Ranjith
convida a “restituir a terra aos habitantes originários” e faz votos de que a comunidade
Tâmil “sinta que é parte integrante da nação”.
Dirigindo-se, enfim aos pais
e aos estudantes do colégio, o Arcebispo de Colombo recordou os progenitores “não
são os proprietários dos filhos, mas somente devem cuidar deles” e que são chamados
a guiá-los “na viagem da vida”. (SP)