2010-03-03 11:54:30

PAPEL DA MULHER NO ISLÃ


Lugano, 03 mar (RV) – No último dia 20 de fevereiro, a Universidade da Suíça Italiana, situada em Lugano, organizou um encontro internacional sobre a situação das mulheres muçulmanas. Para lançar o debate convidou a doutora Huda Himmat como conferencistas, que desenvolveu o tema: “Submeter-se... a quem?! Mulheres muçulmanas falam de si mesmas”.

Quem é Huda Himmat? É uma empresária; tem um mestrado em direito internacional conseguido na Universidade de Londres e até bem pouco tempo era vice-presidente do Fórum europeu da juventude muçulmana, com sede em Bruxelas.

A conferencista insistiu no fato que as discriminações em relação à mulher no Islã não dependem do Corão ou da Suna, (conjunto de preceitos) mas de como são interpretados; as discriminações são devido à ignorância dos pobres e ao machismo de certos homens. Maomé – disse Himmat – jamais bateu em uma mulher e muitos versos corânicos falam da dignidade das mulheres. Existem problemas, mas também na Europa, onde a violência doméstica é a primeira causa de morte para as mulheres. Por sua vez, no Islã não existe a submissão da mulher, como diz São Paulo.

“Essas reflexões – continuou a conferencistas - nos ouvimos frequentemente na Europa da boca de muçulmanos. Ouve-se muitas vezes que o Islã libertou a mulher árabe. Esses discursos apologéticos compreendem elementos verdadeiros e outros não exatos. Pareceu-me útil fazer uma síntese da situação, para esclarecer ainda mais”. “O meu objetivo – acrescentou - é de afirmar a possibilidade do Islã de envolver e fazer envolver a sociedade, com a condição de aceitar repensar a fé de modo mais profundo. Sendo esse um trabalho difícil, é necessário fazê-lo juntos, cristãos e muçulmanos e outras religiões, com amizade e fraternidade.”

O “Dia internacional da mulher", que festejaremos no dia 8 de março e que infelizmente está assumindo cada vez mais uma conotação de evento comercial, - concluiu Himmat - é ocasião para refletir sobre o significado da igualdade entre homem e mulher, e sobre as muitas reais desigualdades existentes em muitos países do mundo, islâmicos e não islâmicos.” (SP)







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