Florença, 01 mar (RV) – O movimento católico internacional pela paz “Pax Christi”
emitiu um comunicado condenando toda forma de violência contra os cristãos no Iraque
e recordando a dramática situação que parece piorar a cada dia.
O documento
lançado por Pax Christi nessa segunda-feira recorda as palavras do arcebispo caldeu
de Mosul, Dom Shimoun Nona: “há uma verdadeira emergência humanitária. Em poucos dias
uma dezena de pessoas foram assassinadas. No último dia 23, foram mortos dentro da
própria casa um homem cristão com seus dois filhos. É um ataque voltado para os cristãos.
Centenas de famílias cristãs estão abandonando a cidade”.
Com a proximidade
das eleições, que ocorrerão no próximo dia 7, teme-se que a violência contra os cristãos
possa aumentar. Pax Christi recorda as palavras do arcebispo de Kirkuk, Dom Louis
Sako: “há um projeto político que pretende tirar de Mosul e talvez de todo o Iraque,
os cristãos. Esse projeto deve ser contido. Aos cristãos não interessam jogos de poder,
mas a criação de um Estado no qual as diversas etnias possam conviver de modo pacífico.
O Iraque é um mosaico de presenças étnico-religiosas. Destruir este mosaico é como
destruir o próprio Iraque”.
Em seu comunicado, Pax Christi faz memória ainda
de duas importantes datas que não podem ser esquecidas: dia 29 de fevereiro recordou-se
2 anos da morte seguida de seqüestro do arcebispo de Mosul, Dom Rahho; e, hoje, dia
1º de março, lembra-se o sexto aniversário do início da construção do Muro entre Israel
e Palestina na cidade de Belém.
O movimento internacional católico pela paz
pede por fim que se cultive a comunhão com os cristãos do Oriente Médio, através da
oração e da concreta solidariedade. (RD)