Islamabad, 27 fev (RV) - A Igreja Católica no Paquistão manifestou sua indignação
pelas condições das minorias religiosas, submetidas à pressão dos talibãs.
O
presidente da Conferência Episcopal Paquistanesa, Dom Lawrence Saldanha, enviou um
comunicado em nome da Comissão "Justiça e Paz" condenando "a letargia do governo",
que deixa o grupo extremista livre para agir como quer.
No documento, divulgado
pela agência vaticana Fides, o arcebispo destaca que isso faz com que o Poder Executivo
"encoraje" os atentados, assim como a "imposição da jazia (imposto cobrado aos não
islâmicos) por parte dos militantes integralistas".
"A Igreja Católica pede
que a proteção das minorias torne-se uma prioridade na agenda do governo, pois esses
grupos são os principais expoentes da violência organizada" – afirmam os bispos, que
acrescentam: "Deve-se agir para tutelar a segurança, eliminando também todas as leis
discriminatórias, para promover tolerância e harmonia social no Paquistão".
No
último final de semana, um grupo de mais de cem muçulmanos atacou igrejas, lojas e
residências na localidade de Pahar Ganj, majoritariamente cristã. (BF)