2010-02-26 18:07:01

QUARESMA: PENÚLTIMO DIA DE EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS PARA O PAPA E A CÚRIA ROMANA


Cidade do Vaticano, 26 fev (RV) - Os exercícios espirituais propostos ao Papa e à Cúria Romana pelo pregador, Pe. Enrico Dal Covolo, chegam nesta sexta-feira a seu penúltimo dia.

Os temas das meditações feitas pelo teólogo salesiano são o "Magnificat de Maria" e "A narração da Anunciação". Aproveitando a ocasião, repropomos algumas reflexões de Bento XVI sobre o profundo significado do Magnificat:

O Magnificat de Maria – ressalta o Santo Padre – ensina-nos que Deus "se coloca da parte dos últimos". Dois mil anos atrás, como hoje, o mundo parece dizer que "os soberbos, os poderosos e os ricos" triunfam sobre os pequenos. Mas – observa o Papa – o projeto de Deus inverte as referências sobre as quais o mundo prefere edificar o seu futuro.

"O humilde é percebido como um renunciatário, um derrotado, alguém que não tem nada a dizer ao mundo. Ao invés, esse é o caminho superior, e não somente porque a humildade é uma grande virtude humana, mas porque, em primeiro lugar, representa o modo de agir do próprio Deus." (Missa da Ágora de Loreto, 2 de setembro de 2007)

"A sua força anônima – assegura-nos o Papa – é destinada no fim a se revelar para mostrar quem são os verdadeiros eleitos de Deus":

"Aqueles que o temem, fiéis à sua palavra; os últimos, os famintos, Israel seu servo, ou seja, a comunidade do povo de Deus que, como Maria, é constituída por aqueles que são pobres, puros e simples de coração." (Audiência geral, 15 de fevereiro de 2006)

Maria canta a sua humildade e com ela a grandeza de Deus. As palavras da prima Isabel, "Bendita sois vós entre as mulheres, bendito é o fruto do vosso ventre", acendem em seu espírito um cântico de louvor ao Senhor que olhou para a humildade de sua serva:

""A minha alma engrandece o Senhor." Maria reconhece a grandeza de Deus. Esse é o primeiro indispensável sentimento da fé; o sentimento que dá segurança à criatura humana e liberta do medo, mesmo em meio às tempestades da história." (Celebração pelo fim do mês mariano, 31 de maio de 2008)

O cântico de Louvor do Magnificat – diz o Pontífice em sua reflexão – é "uma autêntica e profunda leitura teológica da história". Uma leitura – reitera – "que nós devemos continuamente aprender" de Maria, cuja fé "não tem sombras nem fissuras". Maria, com a sua humildade, indica-nos a relação inseparável entre a grandeza do Criador e a da sua criatura:

"Onde Deus desaparece o homem não se torna maior; pelo contrário, perde a dignidade divina, perde o esplendor de Deus em sua face (...) Somente se Deus é grande também o homem é grande. Com Maria devemos começar a entender que é assim mesmo. Não devemos distanciar-nos de Deus, mas torná-lo presente. (Missa da Assunção, 15 de agosto de 2005) (RL)







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