O Santo Padre, ocupado nestes dias com os exercícios espirituais, com os mais próximos
colaboradores da Cúria Romana, tomou conhecimento, com profundo pesar, que na zona
de Mossul, no Iraque, continuam os assassinatos de cristãos: os últimos homicídios
tiveram lugar terça-feira passada, com o assassinato de três membros de uma família
sírio-católica.
Com “oração e afecto”, Bento XVI exprime a sua proximidade
aos que sofrem as consequências da violência. Numa carta enviada, em nome do Papa,
ao primeiro-ministro iraquiano, já em Janeiro passado mas só agora publicada pelo
“L'Osservatore Romano”, o Cardeal Secretário de Estado, Tarcisio Bertone solicitava
a atenção de Nouri Kamil Mohammed al-Maliki para a questão das violências contra as
minorias cristãs, em particular contra os cristãos.
O purpurado recordava
a “importante visita” realizada pelo chefe do governo de Bagdad ao Vaticano em 2008
e o seu encontro com o Papa. O líder iraquiano havia então assegurado que as autoridades
do seu pais consideraria muito seriamente a situação da minoria cristã, que há tantos
séculos vive ali junto com a maioria muçulmana, contribuindo de modo significativo
para o bem-estar económico, cultural e social da nação.