San Salvador, 22 fev (RV) - A Igreja Católica salvadorenha pediu hoje que não
se descuide da reabilitação dos jovens e da prevenção da violência, com programas
que ofereçam “caminhos de superação”, ao apoiar a política de segurança do Presidente
Mauricio Funes. “O que sugeriria é que o plano leve em consideração o aspecto da reabilitação
dos jovens e da prevenção, no sentido de que existam programas que lhes ofereçam
caminhos de superação verdadeiramente viáveis e acessíveis”, afirmou o arcebispo de
San Salvador, Dom José Luis Escobar Alas.
O prelado referiu-se, durante uma
coletiva de imprensa, à “Política nacional de justiça, segurança e convivência” anunciada
sexta-feira última pelo Governo de Funes, depois de uma série de consultas com vários
setores da sociedade, entre eles, as Igrejas presentes no país.
O presidente
Funes não descartou que se possa contar com a ajuda de outros países para pôr em marcha
“planos verdadeiramente efetivos de superação da violência”. O custo do novo plano
do Governo gira em torno de 70 milhões de dólares e visa “o controle e repressão do
crime” principalmente em 100 comunidades com altos índices de violência.
O
plano, que entra em vigor, a partir de 15 de março prevê ainda, que os integrantes
da Polícia Nacional Civil (PNC) permaneçam disponíveis em tempo integral para apoiar
as ações das autoridades. A estratégia prevê também, o início de consultas para definir
os mecanismos que permitam programar um plano de desarmamento.
Por sua vez,
o arcebispo destacou a aprovação no Parlamento de uma lei que permite a intervenção
em todos os tipos de comunicação, como chamadas telefônicas e correios eletrônicos.
“Este é um benefício importante para a nação, é uma ferramenta muito positiva”, afirmou.
A
violência em El Salvador ceifou a vida de 4.365 pessoas em 2009, a maior cifra de
homicídios nos últimos dez anos. (SP)