SACERDOTE CRITICA AÇÕES DE CALDERÓN EM CIUDAD JUÁREZ
Cidade do México, 19 fev (RV) - "A mesa de direitos humanos foi excluída arbitrariamente
desse processo, confirmando novamente a criminalização das ações propostas pelos defensores
dos direitos humanos": foi o que disse Pe. Javier Ávila, fundador da Comissão de Solidariedade
e Defesa dos Direitos Humanos de Ciudad Juárez, México.
Entidades civis de
Ciudad Juárez, norte do México, denunciaram, nesta quinta-feira, a exclusão do tema
dos direitos humanos das mesas de trabalho conduzidas pelo Presidente Felipe Calderón,
para combater a violência na região, que fica na fronteira com os Estados Unidos.
"Não é possível buscar soluções de fundo para este gravíssimo problema" do
município – considerado um dos mais violentos do mundo – "desconhecendo ou excluindo
as ONGs" – acrescentou o sacerdote.
Na segunda visita que fez ao município
em apenas uma semana, Calderón anunciou ontem, o investimento de US$ 46 milhões na
adoção de novas ações na área social.
A verba será usada por meio de um programa
destinado a combater a violência na cidade, onde são intensos e frequentes os episódios
de confronto entre os cartéis de traficantes de drogas.
Em 2009, 2.575 pessoas
foram assassinadas em Ciudad Juárez. Este ano, até o momento, já foram registradas
230 mortes.