2010-02-19 11:55:37

DOM WANG CHONGLIN: TESTEMUNHO CORAJOSO DE AMOR NA CHINA


Roma, 19 fev (RV) - No último dia 8, uma multidão de 20 mil pessoas participou dos funerais de Dom Raimundo Wang Chonglin, bispo emérito de Chaohsien (Zhaoxian), na província de Hebei, na China. Este prelado passou 20 anos de sua vida na prisão e teve que lutar com diversas proibições para realizar seu trabalho de pastor.

O jornal vaticano L’Osservatore Romano traçou um perfil desse valente bispo chinês que faleceu aos 88 anos de idade, no último dia 2, depois de sofrer uma hemorragia cerebral.

Dom Wang Chonglin foi ordenado sacerdote em 1950 e sete anos depois foi condenado a 20 anos de prisão. Em 1983, recebeu a ordenação episcopal e, entre 1985 e 1988, se dedicou à construção de um novo seminário e de um convento de religiosas do Instituto Santa Teresa do Menino Jesus. Foi a partir da instalação desta comunidade religiosa que nasceu a "Casa da Alvorada", fonte de contato para muitos com a Igreja Católica e, ainda hoje, local de acolhimento de crianças abandonadas.

Em 1988, o bispo foi reconhecido oficialmente pelo governo chinês, mas após a ordenação de seu bispo auxiliar, Dom José Jiang Mingyuan, as autoridades o proibiram de exercer publicamente o ministério episcopal. Em 2005, apresentou sua renúncia ao governo pastoral da diocese, todavia teve que reassumi-lo em 2006 pela enfermidade do prelado auxiliar.

"Quem conheceu Dom Wang fala dele como um homem singelo, inteligente e virtuoso, de forte fé em Deus e sincera fidelidade à Igreja. Ele foi incansável na obra da evangelização, sem se deixar esmorecer pelas dificuldades, se encarregou dos fiéis, da assistência aos doentes e mais fracos, da promoção vocacional, da reconstrução dos templos, assim como da vida sacramental" – relata o jornal vaticano a respeito do bispo chinês falecido.

“Dom Wang visitava toda sua diocese andando de bicicleta” – prossegue L’Osservatore Romano recordando o testemunho do prelado - e “convidava sempre os fiéis a rezarem incessantemente para serem testemunhas do amor de Deus, luz do mundo e sal da terra. Amou muito e fez que outros amassem o papa e a doutrina da Igreja. Até o último momento de sua vida se entregou pelos demais, trabalhando e sofrendo duramente, mas sempre com alegria". (RD)







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