2010-02-18 11:40:08

CF2010: ECUMENISMO PARA TESTEMUNHAR A FÉ NUM ÚNICO DEUS


Brasília, 18 fev (RV) - Foi aberta nesta Quarta-feira de Cinzas, 17, em Brasília, a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010 (CFE), com o tema "Economia e Vida" e o lema "Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro (Mt 6, 24)". O evento reuniu no Santuário Dom Bosco representantes das cinco Igrejas que compõem o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), responsável pela Campanha deste ano.

O representante da CNBB no ato, o Arcebispo de Montes Claros (MG), Dom José Alberto Moura, leu a mensagem de Bento XVI.

O Papa deseja sucesso às Igrejas e Comunidades Eclesiais no Brasil, "que, neste ano, decidiram unir seus esforços para reconciliar as pessoas com Deus, ajudando-as a se libertarem da escravidão do dinheiro".

"Recordo que a escravidão ao dinheiro e a injustiça têm origem no coração do homem, onde se encontram os germes de uma misteriosa convivência com o mal" – disse o Papa.

Somente testemunhando o amor de Deus, afirma Bento XVI, poderemos fazer frente ao "deserto interior" de que falou no início do seu ministério petrino, convidando a Igreja, no seu conjunto, a "pôr-se a caminho, para conduzir as pessoas fora do deserto, para lugares da vida, da amizade com o Filho de Deus, para Aquele que dá a vida, a vida em plenitude".

Em sua fala, Dom Alberto, que é Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso da CNBB, ressaltou a importância da Campanha Ecumênica para reforçar os laços que unem os membros do CONIC. "O ecumenismo nos faz testemunhar a fé em um único Deus, além de reforçar esses laços e indicar que todos somos os seus filhos; e nessa união, queremos nos colocar a serviço Dele."

Questionado se a Campanha apresentará, ao longo de 2010, um novo modelo de economia mais solidário do que o atual, o arcebispo de Montes Claros respondeu: "A economia não é algo odiado, porém é preciso atentar para o seu modo de usá-la e desenvolvê-la. Não fazemos uma crítica a uma pessoa ou governo, mas a uma mentalidade de concentração de renda e de colocar a economia como finalidade de vida, e que poderíamos olhar mais a pessoa humana, principalmente as pessoas excluídas que devem ser mais consideradas".

Dom Alberto Moura ressaltou que a estrutura da Campanha não parte do econômico e ideológico, mas do Evangelho. "É justamente com o espírito da Quaresma que queremos colocar em discussão a economia que nos serve. Não vamos apresentar um novo modelo e derrubar o que está aí, mas queremos com esse tema dar mais razão à pessoa do que ao econômico."

Durante a abertura, cada representante falou à imprensa sobre os objetivos centrais da Campanha.

O presidente da Igreja Luterana, Pastor Walter Altmann, leu a mensagem do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), que reúne 349 igrejas em todo o mundo e mais de meio bilhão de cristãos.

De acordo com a mensagem, o CMI "está engajado nesta reflexão, questionando as inter-relações entre riqueza e poder, que geram injustiça e pobreza, além de lesar gravemente a boa criação de Deus. Esta é, portanto, uma causa que mobiliza a família cristã não só no Brasil, mas ao redor do mundo todo". (BF-CNBB)







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